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31 DE OUTUBRO DE 2018

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A história é a que se iniciou há três anos, quando um conjunto de partidos decidiu assumir um compromisso

que permitisse um maior crescimento económico, o reforço da coesão social, com mais coesão territorial.

A trajetória é aquela que, a partir de hoje, se projeta para o futuro: continuar a trabalhar para o crescimento

da produtividade, proporcionado pelo investimento empresarial e pela qualificação dos nossos recursos

humanos.

Este é, pois, o Orçamento que, com bases sólidas, nos permite lançar o processo de um crescimento

sustentável e responsável, com mais emprego, melhores salários e melhores condições de vida para todos os

portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Ministro, inscreveram-se 10 Deputados para formularem pedidos de esclarecimento.

Como pretende responder?

O Sr. Ministro Adjunto e da Economia: — Sr. Presidente, vou responder a um grupo de quatro e a dois

grupos de três pedidos de esclarecimento.

O Sr. Presidente: — Grupos de quatro, três, três… Faz lembrar qualquer coisa.

Risos.

Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado António Costa Silva.

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, Srs.

Membros do Governo, «interior» e «valorização do interior» são palavras que têm estado na ponta da língua

deste Governo. Mas o problema são as práticas! Ou, melhor, a falta delas.

É sobre isso que quero aqui falar, sobre a falta de práticas deste Governo e sobre o que não está no

Orçamento do Estado de 2019.

Vou lembrar: em 2017, o País teve duas grandes catástrofes, dois grandes incêndios que devastaram o

interior, que é prova clara de que o Estado falhou! O Estado falhou porque não conseguiu garantir a segurança

das pessoas e dos seus bens. Morreram pessoas, casas arderam, empresas foram destruídas, mas, apesar

disso, houve uma grande onda de solidariedade nacional. Parecia, finalmente, que o interior era a causa.

Mas este Governo não aproveitou. É verdade que tomou iniciativas, mas rapidamente se percebeu que o

interior é só conversa. E é só conversa porquê? É que o Governo só é capaz de fazer contagem de votos, e eles

não estão no interior.

Vozes do PSD:— Ora!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — A coesão, a aposta nos territórios de baixa densidade é uma opção

política: ou sim ou sopas!

Ora vejamos, nos últimos anos temos desinvestimentos claros no interior, em que as principais vítimas são

as pessoas: por exemplo, no sistema nacional de saúde, com falta de investimento nos centros de saúde, nos

postos de saúde, nas extensões de saúde e nos hospitais. Em 2016, 2017 e 2018, nada! Foi assim com os

cuidados primários.

Protestos do PCP.

Aliás, o Hospital Central do Alentejo é mais uma vítima desta circunstância. Apareceu no Orçamento do

Estado de 2016, com copy paste no Orçamento do Estado de 2017, com copy paste no de 2018 e, agora, com

copy paste no Orçamento de 2019.

O Sr. João Oliveira (PCP): — E o PSD continua sempre a votar contra!