31 DE OUTUBRO DE 2018
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O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Hortense Martins, do Grupo
Parlamentar do PS.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, Srs. Ministros, Srs. Secretários de Estado, Sr. Deputado
António Costa Silva, quero dizer-lhe que foi muito elucidativa a sua intervenção. Sabe porquê? Porque, no caso
do Governo de direita que o senhor apoiou, a noiva nem sequer arranjou noivo. Nunca arranjou noivo!
Aplausos do PS.
De facto, com o PSD e o CDS, o interior sabe o que pode esperar. Pode esperar investimento zero,
nomeadamente investimento zero na ferrovia; pode esperar encerramento de serviços; pode esperar o fim do
estatuto dos benefícios fiscais; pode esperar o fim do centro de contacto da segurança social, por acaso
instalado em Castelo Branco; pode esperar a paragem da barragem do Alvito, que os senhores permitiram que
parasse e que foi remetida para as calendas regras; pode esperar a paragem da eletrificação da linha da Beira
Baixa, que agora foi retomada com a ligação à linha da Beira Alta e com o investimento significativo que este
Governo está a fazer com o Programa Ferrovia 2020.
Aplausos do PS.
Com o PSD e o CDS, o interior contou com o investimento em escolas parado, mas que, em boa hora, foi
retomado por este Governo em todo o País. Com o PSD e o CDS, pode esperar-se a miséria e o empobrecimento
dos portugueses.
Aplausos do PS.
De facto, os portugueses sabem que não é com um Governo de direita que o interior pode ter
desenvolvimento sustentável.
Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr. Ministro Adjunto e da Economia, efetivamente o seu
discurso revela uma visão para o País assente num programa, numa estratégia que engloba todo o País.
Este é um Orçamento que assenta na recuperação da economia e do emprego, que devolveu esperança e
confiança aos portugueses através da recuperação dos rendimentos, do aumento das exportações. Este é um
Orçamento assente numa economia inovadora e onde o interior também está incluído.
Sr.as e Srs. Deputados, o interior não é só esse que querem fazer crer! O interior é também um espaço com
centros de inovação, com centros de saber que urge ser promovido, desenvolvido e potenciado.
De facto, aquilo a que assistimos, com este Governo e com esta solução de Governo, liderada pelo Primeiro-
Ministro António Costa, foi a uma inversão de políticas que nos levou a passar de um ciclo de empobrecimento
para um ciclo virtuoso. A prioridade ao crescimento, à criação de emprego produziu resultados!
Quem não se lembra que foram criados 320 000 empregos, o que é, de facto, assinalável? Quem não se
lembra da redução da taxa de desemprego para níveis abaixo de 2008?
Sabemos que este Orçamento também prevê que sejam criados 377 500 empregos até ao final da
Legislatura. E também sabemos e recordamos o quão difícil foi para todo o País o apelo à emigração, que levou
à saída de portugueses a níveis da década de 1960!
Relembro um número grave e impressionante: perdemos 250 000 jovens em apenas quatro anos de
governação do Governo de direita. Mas agora a população ativa está novamente a crescer e isto é deveras
importante, porque, apesar deste número significativo relativo à criação de postos de trabalho, ainda nos falta
recuperar 300 000 postos de trabalho que os senhores ajudaram a destruir.
Aplausos do PS.
Isso teve importantes reflexos em todo o País e também na demografia.