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I SÉRIE — NÚMERO 19

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Sr. Ministro, quanto ao interior, mais outra desilusão, e das grandes, até porque é uma pasta que o Sr.

Ministro já tinha antes da remodelação. Deixe-me dizer-lhe que o que disse para o interior foi bastante

poucochinho!

Por isso, queria deixar-lhe aqui quatro perguntas muito diretas: está, ou não, o Ministro da Economia de

acordo com a dedução do preço das portagens do interior, como o CDS propôs? Está, ou não, o Ministro da

Economia de acordo com a redução para até metade do IRS (imposto sobre o rendimento de pessoas

singulares)? Está, ou não, o Ministro da Economia de acordo com uma taxa de 10% no IRC para todas as

empresas? Está, ou não, o Ministro da Economia de acordo com a majoração de todos os benefícios fiscais

para captar, precisamente, o investimento para o interior?

Sr. Ministro, estas quatro perguntas são fundamentais. Dada a ausência de matérias essenciais para as

empresas e para a economia no seu discurso, com a resposta a estas perguntas ficaremos a perceber se temos

um Ministro da Economia ou se temos mais um Ministro Centeno!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro Adjunto e da Economia.

Faça favor, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro Adjunto e da Economia: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado António Costa

Silva, está preocupado com o desinvestimento que se verificou no interior, e tem razão.

Ao longo de várias décadas, houve um abandono do território do interior, que se agravou, em tempos mais

recentes, com grandes desinvestimentos: a revogação do estatuto de benefícios fiscais para a interioridade; o

encerramento de tribunais; o encerramento do call center da segurança social; o abandono de muitos projetos

de infraestruturas no interior do País. Isso foi o que se verificou até 2015.

É verdade, como o Sr. Deputado diz, que este Governo tem o interior na ponta da língua. E tem-no porque

também o tem no centro e na prioridade da ação governativa. É por isso que, dentro da estratégia que o Governo

traçou no sentido da necessidade de atrair investimento que crie emprego e fixe populações, já conseguimos

reorientar os sistemas de incentivos do Portugal 2020 para apoio empresarial ao investimento no interior: já

atingiu 1800 milhões de euros de investimento nos territórios de baixa densidade.

Lançámos e apresentámos recentemente, na semana passada, os resultados de concursos para sistemas

de incentivos, exclusivamente dedicados a territórios do interior, que conseguem apoiar projetos no valor de 500

milhões de euros de investimento empresarial.

Aplausos do PS.

É por isso que estamos a fazer um investimento inédito na ferrovia, com a recuperação e a construção de

novas linhas que vão servir o interior do País. É por isso que retomámos projetos abandonados das rodovias,

fechando as malhas na zona do centro, lançando a requalificação do IP3, acelerando projetos de ligação de

áreas de localização empresarial às grandes redes de infraestruturas. É por isso também que mantivemos

abertas escolas, 400 turmas com menos de 21 alunos, que se mantiveram abertas nas regiões de baixa

densidade, onde uma perspetiva cega relativamente à procura poderia levar a encerrar serviços públicos e

escolas.

Também reabrimos ou instalámos serviços no interior: reabrimos o Centro de Contacto da Segurança Social

em Castelo Branco; instalámos laboratórios colaborativos no interior do País; colocámos a sede da Agência de

Gestão Integrada de Fogos Florestais na Lousã; e criámos a Secretaria de Estado para a Valorização do Interior,

que é uma medida simbólica da importância que o Governo dá ao desenvolvimento do interior.

Aplausos do PS.

Sr.ª Deputada Hortense Martins, falou-nos da necessidade de o crescimento económico ser feito também

com coesão territorial. É por isso que este Orçamento e a ação governativa visam valorizar o património cultural

e natural do nosso País em todo o seu território. É por isso que lançámos as bases e vamos continuar a investir