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I SÉRIE — NÚMERO 19

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há um ano que existe queda da atividade económica em Portugal! Não percebo porque é que a orquestra

continua a tocar.

VozesdoPSD: — É bem verdade!

O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — A fonte é o Banco de Portugal, é insuspeita.

Já quanto à segunda paixão, a do consumo privado, não só também está a cair há um ano, como o Governo

descobriu, para o dinamizar, a pior das soluções: aumentar o imposto de selo nas transações de crédito ao

consumo. Não induz mais consumo, mas induz mais receita fiscal. Palavra dada, palavra atropelada.

Sr. Ministro, a reação generalizada é de desapontamento, mas já nem é de surpresa. V. Ex.ª não ignora,

certamente, de que é que a economia precisa e o que é que as empresas reclamam: reformas que melhorem a

competitividade das empresas; estabilidade fiscal,…

VozesdoPSD: — Muito bem!

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira

O Sr. PauloRiosdeOliveira (PSD): — … novos instrumentos para reforçar a capitalização das empresas;

investir na qualificação dos recursos humanos; incrementar a inovação; e, entre outras, uma medida que está

no vosso Programa Capitalizar, que são os apoios específicos para as empresas que tenham passado por

processos de reestruturação empresarial, salvando empresas e salvando empregos. Palavra dada, palavra

adiada, Sr. Ministro.

Se querem apoiar a economia, façam ao menos uma coisa: façam com que o Estado, com que as entidades

públicas paguem às empresas o que devem. Paguem às empresas o que devem, pois, de outra forma, estão a

asfixiar empresas e a asfixiar empregos. Um Estado que acumula dívidas aos agentes económicos, à economia,

não é credível e só pode ter um nome, e o nome não é bonito.

E o que é que nos traz este Orçamento do Estado? Exatamente o contrário: mais tributação autónoma, taxas

extraordinárias para o setor da energia, alterações do imposto de selo e aumento do imposto único de circulação

(IUC).

Não adianta atacar o PSD por dizer a verdade. Este Governo e este Orçamento viram mais uma vez as

costas às empresas e à economia. O Governo tem boa cosmética, é excelente a lançar programas de apoio à

economia, pródigo em avançar com linhas de crédito, com linhas de apoio que tardam em ser solução ou

resposta para as reais necessidades das empresas.

Sr. Ministro, podia dar-lhe o exemplo do fundo com investimento de 200 milhões euros anunciado num

excesso de entusiasmo, aquando da Web Summit, em 2016, e que se foi transformando numa anedota azeda

porque só há um mês é que, verdadeiramente, tivemos a abertura de candidaturas. Palavra dada, palavra

esmagada.

Sr. Ministro, o papel aguenta o que lá puserem e o PSD registará as suas respostas. Mas o que lhe peço que

me explique, o que lhe peço que nos explique, o que peço que explique aos empresários é em que é que este

Orçamento deve ser bem recebido, em que é que este Orçamento é amigo das empresas, onde é que está o

investimento em inovação que prometeram no Programa do Governo, em 2015.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder a estes três pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Ministro

Adjunto e da Economia.

O Sr. MinistroAdjuntoedaEconomia: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Duarte Alves,

mencionou a importância do investimento e do apoio às micro e pequenas empresas, e é verdade que estas

têm sido destinatárias, ao longo da Legislatura de um conjunto de medidas muito significativas para apoio à sua

tesouraria e ao seu desenvolvimento. Fez bem em recordar todas essas medidas: a redução do IVA na