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13 DE DEZEMBRO DE 2018

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Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem agora palavra, para encerrar o debate, pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP, o Sr.

Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: No

final do debate, vamos ser claros e dizer que, em 2018, vamos ter a mais alta carga fiscal e contributiva desde

que há registo e, no mesmo ano, a qualidade de serviços públicos mais baixa de sempre.

Os portugueses, hoje, percebem que, afinal, a austeridade não acabou, que a promessa de investimento nos

serviços do Estado era só isso, uma promessa, e que o Estado — o Governo e a maioria que o suporta —

abandonou uma parte de Portugal à sua sorte.

Abandonou os portugueses nos incêndios de 2017, quer em Pedrógão quer na zona Centro do País.

Abandonou-os em Monchique, no ano passado, ou na estrada, em Borba, há poucas semanas, hostilizando,

ao mesmo tempo, os bombeiros.

Abandonou os utentes dos transportes na Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente em Setúbal, e na

Área Metropolitana do Porto, que, diariamente, se veem confrontados com o terceiro-mundista dilema de saber

se têm ou não transporte para ir trabalhar, que esperam e desesperam por carruagens, barcos e autocarros que

não chegam, não existem ou são suprimidos, mas hostiliza os trabalhadores da Carris, da CP, da Fertagus, da

Soflusa ou do Metro, ao mesmo tempo.

Abandonou os utentes do Serviço Nacional de Saúde, adiando a construção de hospitais, que inscreve há

quatro anos consecutivos no Orçamento do Estado, adiando cirurgias, intervenções e consultas, e hostilizando

médicos e enfermeiros, ao mesmo tempo.

Abandonou os alunos e os encarregados de educação, adiando a reabilitação e a construção de escolas,

que sempre reivindicaram na oposição e prometeram no Governo, mas que não saem do papel, hostilizando

professores e auxiliares de educação, ao mesmo tempo.

Abandonou os cidadãos que recorrem à justiça, abrindo «centros de atendimento», onde prometera reabrir

tribunais, hostilizando juízes, magistrados, funcionários judiciais ou guardas prisionais, ao mesmo tempo.

Abandonou as forças e os serviços de segurança, não garantindo a necessária renovação de efetivos,

esquadras e quartéis que prometera, hostilizando agentes da PSP (Polícia de Segurança Pública), militares da

GNR (Guarda Nacional Republicana) e investigadores da Polícia Judiciária e do SEF (Serviço de Estrangeiros

e Fronteiras), ao mesmo tempo.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Tudo isto, sem ter responsabilidade nenhuma! É que, se não é do

tempo, é da Europa; se não é dos privados, é das autarquias locais; se não é da conjuntura internacional, é das

classes profissionais, que são ingratas, irresponsáveis e que até protestam.

Mas sempre, sempre e sempre, e em qualquer caso, a responsabilidade maior é a do anterior Governo, que

cometeu a «maldade» de tirar o País da bancarrota socialista, a que muitos socialistas, hoje, como então,

governantes, conduziram o País.

Sr.as e Srs. Deputados do PS, do Bloco de Esquerda, do PCP e de Os Verdes, é caso para dizer que a farsa

acabou. Quatro anos volvidos, quatro Orçamentos depois de tomado o poder que as urnas não vos deram, a

responsabilidade é vossa, é toda vossa!

Aplausos do CDS-PP.

Não planearam, não organizaram, não executaram, não cumpriram, não governaram e, agora, até

abandonam ideias, como a do aeroporto de Lisboa, que anunciaram mas teimam em esquecer, ou regateiam

nos tribunais indemnizações para concidadãos nossos que deixaram sem qualquer tipo de proteção.