I SÉRIE — NÚMERO 39
4
da Mesa da Assembleia da República, verificou-se o seguinte resultado: votaram 213 Deputados, tendo-se
registado 168 votos «sim», 35 votos brancos e 10 votos nulos, pelo que se declarou eleita a Sr.ª Deputada Ana
Sofia Ferreira Araújo (PS).
Para o Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, verificou-se o seguinte resultado: votaram os
mesmos 213 Deputados, tendo-se registado 136 votos «sim», 54 votos brancos e 23 votos nulos, pelo que se
declararam eleitos para o efeito os Srs. Deputados António Carlos Sousa Gomes da Silva Peixoto (PSD) e José
Manuel Santos de Magalhães (PS).
No que diz respeito ao Conselho Superior de Segurança Interna, o resultado foi o seguinte: votaram os
mesmos 213 Deputados, tendo-se registado 145 votos «sim», 53 votos brancos e 15 votos nulos, pelo que se
declarou eleito para o efeito o Sr. Deputado Fernando José dos Santos Anastácio (PS).
Em relação ao Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, verificou-se o seguinte resultado:
votaram os mesmos 213 Deputados, tendo-se registado 153 votos «sim», 44 votos brancos e 16 votos nulos,
pelo que se considerou eleita a candidata Helena Pereira de Melo.
É tudo, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário Duarte Pacheco.
Queria começar por felicitar os novos membros da Mesa que foram eleitos, a Sr.ª Deputada Sandra
Pontedeira e a Sr.ª Deputada Ana Sofia Araújo, bem como o Sr. Deputado Fernando Anastácio, que foi eleito
para o Conselho Superior de Segurança Interna, numa eleição difícil, não pelo número de votos agora obtidos,
mas pelo que se passou antes.
Felicito, ainda, os Srs. Deputados que foram eleitos para o Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço,
o Sr. Deputado António Carlos Sousa Gomes da Silva Peixoto e o Sr. Deputado José Manuel Santos de
Magalhães.
Vamos, então, entrar no primeiro ponto da ordem do dia, dedicado à evocação de Francisco de Oliveira Dias,
antigo Presidente da Assembleia da República.
Sr.as e Srs. Deputados, evocamos hoje a memória do Dr. Francisco de Oliveira Dias, antigo Presidente da
Assembleia da República, desaparecido na passada segunda-feira, aos 88 anos.
Fazemo-lo em sessão plenária da Assembleia da República, órgão de soberania a que presidiu entre 1981
e 1982, era ainda jovem a nossa democracia, que foi também sua, porque a si muito deve, dela tendo sido pai
fundador.
Fazemo-lo na presença da sua família, a quem, neste momento difícil, reitero a manifestação do mais sentido
pesar, em meu nome e em nome de todos os presentes, em especial à Sr.ª D.ª Maria Teresa Forjaz de Oliveira
Dias, aos seus filhos e filhas, netos e netas.
Sr.as e Srs. Deputados, o Dr. Francisco de Oliveira Dias foi Deputado à Assembleia Constituinte de 1975-
1976, durante a qual participou, ativamente, na elaboração da Constituição da República Portuguesa. Foi por
essa participação justamente homenageado pela Assembleia da República — por todos nós — no início desta
Legislatura, ao ser-lhe conferido o estatuto de Deputado Honorário, manifestação da nossa gratidão pelos
serviços prestados ao Parlamento e à democracia.
Eleito Deputado à Assembleia da República em 1976, foi sucessivamente reeleito até 1983, assumindo, entre
22 de outubro de 1981 e 2 de novembro de 1982, a presidência do Parlamento, sucedendo a Vasco da Gama
Fernandes, a Teófilo Carvalho dos Santos e a Leonardo Ribeiro de Almeida.
E ainda que a sua eleição não tenha sido fácil, foi um bom Presidente, granjeando o respeito e a admiração
dos seus pares e dos funcionários do Parlamento, alguns deles ainda ao serviço da Assembleia da República,
sobretudo pela forma discreta e rigorosa como assumiu o cargo.
Enquanto Deputado, foi proponente de um conjunto muito vasto de diplomas, do domínio autárquico à área
do património histórico, passando pela autonomia das universidades ou pelo ensino da língua e difusão da
cultura portuguesa no estrangeiro. Integrou a primeira delegação da Assembleia da República à Assembleia
Parlamentar do Conselho da Europa, tendo sido membro da sua Comissão de Educação e Cultura.
Sr.as e Srs. Deputados, recordo a sua presença amiga nas iniciativas desenvolvidas pelo Parlamento, quer
em grandes conferências e exposições, quer nas sessões solenes da Assembleia da República.