I SÉRIE — NÚMERO 77
38
… precisa de pôr a mão na consciência e de reconhecer aqui que foi o Governo do Partido Socialista que,
em 2010, congelou as pensões. E tem de demonstrar aqui a sua incapacidade pelo facto de não ter revelado
ainda o estatuto do cuidador informal.
O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Precisa ainda de reconhecer aqui que deixou o Serviço Nacional de Saúde
no maior degredo de que há memória, prejudicando os idosos.
Protestos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de terminar.
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Termino, dizendo isto: aquilo que o Sr. Primeiro-Ministro disse é mentira.
Protestos do PS.
O Sr. José Moura Soeiro (BE): — E a «peste grisalha»?!
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Mas quero dizer-lhe mais:…
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Sr. Presidente há um ruído enorme na Sala. Vou terminar, mas, por favor,
os Srs. Deputados têm de me deixar concluir.
Sr. Primeiro-Ministro, quero só dizer-lhe isto: tenho a certeza de que o Sr. Deputado Fernando Negrão não
tem vergonha de se sentar ao meu lado.
O Sr. Presidente: — Tem mesmo de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Mas já não tenho a certeza de que o seu antecessor, António José Seguro,
e muitas das pessoas que tem no Governo não tenham vergonha de se sentar ao seu lado.
Aplausos do PSD.
Protestos do PS.
O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Que vergonha alheia!
O Sr. Presidente: — Para dar explicações, se assim o desejar, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Peixoto, como eu imaginava o Sr. Deputado
não pediu a palavra para defender a sua honra, mas para me insultar.
Aplausos do PS.
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Não! Mas merecia!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Posso deixá-lo tranquilo, porque não insulta quem quer, e o senhor não me
insulta, diga o que disser.
Aplausos do PS.