I SÉRIE — NÚMERO 81
6
Isso significa que temos de aumentar a sua acessibilidade. Por isso, é fundamental reduzir, como já
reduzimos nesta Legislatura, as taxas moderadoras e, por exemplo, garantir o princípio de que há isenção das
taxas moderadoras quanto aos atos e tratamentos prescritos por profissionais do Serviço Nacional de Saúde.
Isso, sim, é aumentar o acesso à saúde por parte de todos os portugueses.
Aplausos do PS.
A questão da gestão não é uma questão menor, mas não é a questão central. E aquilo que é preciso deixar
claro é aquilo que já resulta também da versão inicial da proposta de lei do Governo e que, ao que vejo, consta
também das propostas de alteração apresentadas pelo Partido Socialista, isto é, a gestão dos estabelecimentos
do Serviço Nacional de Saúde deve ser pública, deve ser diretamente assegurada pelo Estado, sem prejuízo
de, supletiva e temporariamente, poder ser contratualizada com base em contrato de direito público. Isto é
absolutamente essencial.
Aplausos do PS.
Aliás, o que consta do Programa do Governo é claro: nós não renovamos, acabamos ou criamos novas PPP
na área da gestão; avaliamos as que existem e, em função disso, decidimos. As avaliações que foram feitas
recomendaram que fossem prosseguidas. Ora, num dos casos, foi possível acordar nesse sentido e, noutro
caso, não foi. Por isso, hoje mesmo, o Conselho de Ministros aprovou o decreto para a criação da entidade
pública empresarial (EPE) para internalizar no Serviço Nacional de Saúde a atual PPP do hospital de Braga,
que terminará no próximo dia 1 de agosto e passará a ter gestão diretamente assegurada pela EPE, a partir do
próximo dia 1 de agosto.
Aplausos do PS.
Espero bem que a Assembleia da República não desperdice a ocasião de, nestes 40 anos do Serviço
Nacional de Saúde, revogar a Lei de Bases da Saúde que a direita aprovou em 1990 e que possamos ter uma
lei de bases da saúde conforme com o Serviço Nacional de Saúde, previsto na Constituição, público, universal
e tendencialmente gratuito. Essa é a mudança que é necessário fazer.
Aplausos do PS.
Todos sabemos qual é o ponto de partida para esta negociação do próximo quadro financeiro plurianual. A
saída do Reino Unido significa menos 70 000 milhões de euros de receita. Novas políticas, na área das
migrações, da segurança e da ciência, significam novas despesas. Só para a ciência, prevê-se um reforço de
mais 40 000 milhões de euros de financiamento.
Portanto, há que negociar a proteção da política de coesão e da política agrícola e, em particular, do 2.º Pilar,
tendo em conta este contexto.
Foi assim que partimos para essa negociação. E a verdade é que, se atentarmos ao critério que sempre foi
seguido, de comparar fundos a preços correntes, aquilo que verificamos é que o ponto de partida significa não
um corte mas um aumento de 8% de reforço da política de coesão a preços correntes.
Aplausos do PS.
E, ao contrário do que ontem ouvi ser dito num debate televisivo, no acordo que foi assinado entre o então
Ministro Pedro Marques e o dirigente do PSD Castro Almeida, o que está estabelecido como objetivo é
claramente que, em qualquer caso, assegurar-se-á, à partida, que o montante financeiro, a preços correntes, da
política de coesão nunca será inferior ao orçamento para 2014-2020.
Aplausos do PS.