11 DE MAIO DE 2019
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Sabemos que, sozinhos, só com o Orçamento do Estado português, é muito difícil reagir a esta mesma
dimensão. Por isso mesmo, o CDS tem vindo a afirmar que, neste domínio, como noutros, convém que o
Governo seja mais rápido a negociar o quadro financeiro plurianual…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … e, acima de tudo, tenha muito mais ambição.
A postura resignada com que este Governo está a negociar, no próximo quadro financeiro plurianual, as
verbas de Bruxelas para Portugal, nesse sentido, não nos satisfaz.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — É importante lembrarmos que quem já falhou no passado, como,
por exemplo, o Ministro Pedro Marques, que tinha a seu cargo a negociação com o SIRESP (Sistema Integrado
de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) e os operadores, relativamente às falhas que existiam,…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … está, de novo, claramente, a falhar.
A proteção civil é uma das áreas em que a União deve intervir, e deve intervir de forma rápida, ajudando na
prevenção, mas também no combate. Lembramos que o artigo 6.º do Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia atribui uma competência específica à União «para desenvolver ações destinadas a apoiar, coordenar
ou completar a ação dos Estados-Membros» no domínio da proteção civil.
O CDS bateu-se intransigentemente, no Parlamento Europeu, pelo reforço do mecanismo europeu de
proteção civil, pela sua dotação de meios complementares que sejam auxiliares aos recursos nacionais e que,
nesse sentido, possam servir para ajudar os países afetados por estes fenómenos, sejam inundações, sejam
incêndios florestais, sejam sismos ou sejam epidemias.
Trata-se, como bem se compreende, de reforçar a capacidade europeia de reação e de apoiar, de uma forma
solidária, os Estados-Membros que se confrontem com catástrofes e cujas capacidades nacionais se revelem
insuficientes. Nesse sentido, a solidariedade europeia é sempre muito bem-vinda.
Contudo, é preciso ir mais longe. Uma das melhorias que este Mecanismo introduziu foi exatamente a criação
de uma nova reserva europeia de proteção civil.
Defendemos que os meios e os equipamentos operacionais de combate a incêndios possam ser colocados
nos países e nas regiões mais afetados. Assim, estes meios podiam e deviam ser colocados na Península
Ibérica e, preferencialmente, em Portugal, que é um dos países que mais sofrem com estes mesmos fenómenos.
Outros países no centro ou no norte da Europa não sofrem tanto como nós, ainda que, como é óbvio, tenham
um conjunto de outros fenómenos de proteção civil.
Sabemos, e não escondemos, que fenómenos como os incêndios, sismos ou inundações são e serão sempre
inevitáveis. A diferença reside na forma como os conseguimos prever, na forma como os conseguimos evitar e,
quando acontecem, na forma como os conseguimos enfrentar, combater e reparar. E é aí que o Governo de
Portugal está a falhar!
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado Luís Pedro Mota Soares, a Mesa não regista
inscrições para lhe serem feitos pedidos de esclarecimentos.
Assim sendo, para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Marques, do PSD.
O Sr. Duarte Marques (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O PSD trouxe a debate o tema da
solidariedade europeia, sobretudo, no que tem a ver com a gestão do fundo de solidariedade europeu.
É preciso lembrar que, após os fogos de Pedrógão, o Governo português apresentou, e bem, uma
candidatura para mobilizar o Fundo de Solidariedade da União Europeia. Também é verdade, e é preciso lembrá-