I SÉRIE — NÚMERO 87
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O Sr. Bruno Coimbra (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Bruno Coimbra (PSD): — Sr. Presidente, é para anunciar que entregarei uma declaração de voto.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
Chegámos ao fim da sessão plenária.
A próxima sessão terá lugar amanhã, quarta-feira, dia 15 de maio, às 10 horas. Atenção que o início, às 10
horas, das sessões plenárias deixará de ser a prática normal daqui a uns tempos, porque hoje, em Conferência
de Líderes, chegámos à conclusão de que, nas reuniões das manhãs, teremos de começar várias vezes às 9
horas. No entanto, o Plenário de amanhã ainda terá início às 10 horas.
No primeiro ponto, consta a Interpelação n.º 27/XIII/4.ª (BE), sobre emergência climática.
Segue-se, no segundo ponto, sem tempos atribuídos para discussão, o Projeto de Lei n.º 1189/XIII/4.ª (PSD,
PS, BE, CDS-PP, PCP, Os Verdes e PAN) — Procede à interpretação autêntica do n.º 7 do artigo 1041.º do
Código Civil, aditado pelo artigo 2.º da Lei n.º 13/2019, de 12 de fevereiro, que estabelece medidas destinadas
a corrigir situações de desequilíbrio entre arrendatários e senhorios, a reforçar a segurança e a estabilidade do
arrendamento urbano e a proteger arrendatários em situação de especial fragilidade.
Consta, ainda, no terceiro ponto da agenda, também sem tempos atribuídos para discussão, a Proposta de
Resolução n.º 91/XIII/4.ª (GOV) — Aprova o Protocolo ao Tratado do Atlântico Norte, sobre a adesão da
República da Macedónia do Norte, assinado em Bruxelas, em 6 de fevereiro de 2019.
Do quarto e último ponto da agenda, constam as votações regimentais.
Desejo a todos um resto de boa tarde e até amanhã.
Está encerrada a sessão.
Eram 16 horas e 43 minutos.
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Declarações de voto enviadas à Mesa para publicação
Relativas ao Projeto de Resolução n.º 2143/XIII/4.ª:
Decidi abster-me nesta votação por, apesar de não concordar com a oportunidade e com a forma como o
PAN apresentou esta iniciativa, concordar com o seu objetivo e princípio. Com esta abstenção, quis manifestar
um sinal político positivo sobre uma matéria que me preocupa, que me parece justa e que no futuro o País e
este Parlamento deverão debater. Atendendo à impossibilidade material de alterar a Constituição neste período,
votar favoravelmente seria pactuar com uma farsa perante milhares de jovens a quem reconheço esse direito.
Votar contra seria violar as minhas ideias e os meus princípios.
Tal como defendido pelo PSD no debate que antecedeu esta votação, não se pode querer «dar voz» aos
cidadãos com 16 anos a meses das eleições e quando se tem consciência que é materialmente impossível
concretizar a tempo a proposta que está no diploma apresentado pelo PAN.
Apesar de concordar com o objetivo, considero que a forma e o momento como é feito não pretende de facto
dar voz aos jovens, mas apenas dar voz ao PAN. Isto é usar os jovens e o voto aos 16 anos apenas para fins
eleitorais e de marcação de agenda política. Todos sabemos que é impossível e impraticável abrir um processo
de revisão constitucional em pleno período eleitoral e a escassos meses de eleições legislativas.
Por mim, estarei sempre ao lado de quem quiser com tempo, lealdade e profundidade encontrar formas de
dar voz democrática a mais faixas da nossa sociedade, e em particular aos mais jovens sobre quem se tomam
hoje tantas decisões com impacto no seu futuro e ninguém lhes pedir opinião.
O que se decide no presente condiciona o futuro de várias gerações. A solidariedade intergeracional é
sempre uma via com dois sentidos e os jovens não podem ser sujeitos passivos desta relação.