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28 DE JUNHO DE 2019

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incapazes, mas nos dois últimos anos houve mais 18 000 urgências hospitalares e as cirurgias de ambulatório

aumentaram em mais de 4%.

Queria também dizer-lhe, Sr. Deputado, que, apesar de mais assistência, os proveitos com taxas

moderadoras diminuíram, de 2015 para 2017, na Região de Lisboa e Vale do Tejo, na ordem dos 4 milhões de

euros. Sobre isto, faço-lhe a primeira pergunta: isto diz-lhe alguma coisa, Sr. Deputado? Diz-lhe, certamente —

o corte que fizemos nas taxas moderadoras em termos percentuais e o aumento das isenções.

Queria ainda perguntar-lhe o seguinte: é verdade ou não, Sr. Deputado, que se tivessem feito mais no tempo

em que governaram, no Governo passado, o ponto de partida teria sido melhor?

Protestos do PSD.

É verdade ou não que, dessa forma, estes bons indicadores seriam ainda melhores?

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Norberto Patinho, do

Grupo Parlamentar do PS.

O Sr. Norberto Patinho (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite,

assistimos, hoje, à continuação de um discurso negativista e alarmista, injustificável e demagógico, que pautou

a intervenção do PSD nos últimos quatro anos no meu distrito e na minha região.

Contrariamente ao que o PSD pretende transmitir às pessoas, no Alentejo e no distrito de Évora os números

demonstram uma realidade totalmente diferente daquela que os senhores pretendem caracterizar. Há melhores

resultados nos cuidados de saúde primários, onde, entre 2015 e 2019, se reduziu para quase metade o número

de utentes sem médicos de família. Apesar da grande dificuldade em fixar médicos na região, verificou-se, entre

2015 e 2019, um aumento de 52 profissionais médicos e um aumento de 100 profissionais enfermeiros.

No hospital de Évora, realidade que tenho acompanhado com maior proximidade, e contrariamente ao que

pretendem fazer crer, tem sido dada uma resposta muito positiva: mais cirurgias, mais consultas, reduziram-se

os tempos de espera. É uma realidade que, por muito que vos custe — e custa! — não pode ser contrariada.

Estes resultados têm sido conseguidos apesar do brutal desinvestimento concretizado pelo vosso

Governo,…

Protestos do PSD.

… quer em recursos humanos, quer nos edifícios, quer nos equipamentos. Interromperam o processo de

construção do novo hospital central de Évora e retiraram-no dos vossos objetivos. Não acautelaram, no atual

quadro comunitário, qualquer verba para a sua concretização, mas também não realizaram qualquer

investimento nas instalações atuais.

Em termos de investimento, a realidade é, hoje, bem diferente. Estão em curso, concluídas: uma segunda

sala de hemodinâmica e a remodelação da urgência pediátrica do hospital de Évora; a clínica de alta resolução

e a remodelação de todo o equipamento de imagiologia do hospital de Beja; a construção da nova urgência do

Hospital do Litoral Alentejano; a construção dos centros de saúde de Ourique, Vidigueira, Crato e Nisa; a

preparação do concurso para a construção do novo hospital central do Alentejo, que deverá acontecer no

próximo mês de julho.

Sr. Deputado, se, como tem afirmado, sempre pretenderam construir o hospital central do Alentejo, como

justifica o facto de, no Portugal 2020, não terem incluído qualquer verba para financiar a sua construção?

A Sr.ª Joana Lima (PS): — Pois claro! Essa é que é essa!

Protestos do PSD.