I SÉRIE — NÚMERO 108
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ou do terceiro setor disponíveis para integração no Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado», estimando
para «o período 2019-2022 a construção, reabilitação e requalificação de mais de 250 de imóveis em todo o
território nacional» num total de «mais de 7500 camas nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto».
Assim, sendo que esse mesmo plano já efetuou o levantamento das necessidades ao nível do alojamento
no ensino superior e consagra muitas das disposições apresentadas no presente projeto de lei, não considero
que este traga de facto uma novidade no que ao alojamento universitário e politécnico diz respeito, razão pela
qual me abstive.
Palácio de São Bento, 23 de julho de 2019.
A Deputada do PSD, Margarida Balseiro Lopes.
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Relativa ao texto de substituição, apresentado pela Comissão de Saúde, acerca da Proposta de Lei n.º
171/XIII/4.ª e dos Projetos de Lei n.os 914/XIII/3.ª e 1029/XIII/4.ª:
Ao fim de quatro anos de governo das esquerdas, o Serviço Nacional de Saúde «corre o risco de se
transformar numa caricatura do que pretendiam os seus fundadores». Hoje, «infelizmente, o SNS encontra-se
bem perto de uma crise grave (…)». «A confiança dos cidadãos no SNS tem sido diariamente abalada por
queixas sobre tempos de espera por consulta ou cirurgia, demoras nas urgências e por carências de
equipamentos, de pessoal e de condições de tratamento». Assim falou o insuspeito socialista Correia de
Campos.
Perante estas críticas arrasadoras e não sendo capaz de contrariar a real degradação que trouxe ao Serviço
Nacional de Saúde, que fez a esquerda parlamentar no seu desespero?
A receita habitual: encontrar um inimigo externo que alijasse as suas responsabilidades para, desse modo,
desviar a atenção dos portugueses sobre os gravíssimos problemas que estes enfrentam no acesso aos serviços
públicos de saúde.
A lei de bases hoje aprovada é pois, porventura, a mais acabada síntese da cooperativa governativa que dá
pelo nome de geringonça.
No seu articulado, uma lei ideologicamente sectária, gestionariamente estatizante, juridicamente
contraditória, legislativamente medíocre; uma lei que ignora importantes realidades como o envelhecimento
demográfico, bem como os cuidados continuados e paliativos; uma lei que menospreza a vertente da promoção
da saúde e que desvaloriza a saúde pública e ambiental; uma lei que nada resolve e tudo adia.
Por isso, o PSD votou contra esta lei. E o PSD votou contra porque acredita num sistema de saúde modelado
pela cooperação entre os setores público, privado e social; o PSD votou contra porque acredita num SNS
assente numa gestão primordialmente pública mas em que o recurso a terceiros setores se possa verificar
sempre que tal seja necessário ou vantajoso, em termos de relação qualidade-custos, um SNS apostado na
obtenção de ganhos em saúde para os cidadãos, principalmente os mais fragilizados e vulneráveis.
O PSD está, como sempre esteve, no campo das forças democráticas moderadas. Quem mudou foi este PS.
Um PS completamente encostado à esquerda radical, incapaz de dialogar ao centro.
A esquerda pode mudar a lei de bases da saúde, mas a verdade é que o SNS tem funcionado muito mal e
não é esta lei de bases que vai alterar e muito menos melhorar a vida e o acesso à saúde dos portugueses.
Pel’o Grupo Parlamentar do PSD, Ricardo Batista Leite.
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Relativa ao Projeto de Lei n.º 1122/XIII/4.ª:
O PCP votou contra o Projeto de Lei n.º 1122/XIII/4.ª (BE) — Aprova a carta para a participação pública em
saúde e os termos da sua divulgação, implementação e avaliação não porque desvaloriza a participação dos