15 DE FEVEREIRO DE 2020
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O PAN votou favoravelmente o voto acima identificado, não obstante não se rever num certo revisionismo
histórico nele constante, o qual omite o contributo das forças aliadas na derrota do nazismo, mais concretamente
da França, do Reino Unido e dos Estados Unidos da América.
Palácio de S. Bento, 18 de fevereiro de 2020.
Os Deputados, André Silva — Bebiana Cunha — Cristina Rodrigues — Inês de Sousa Real.
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Relativas ao Voto n.º 172/XIV/1.ª:
O PAN votou favoravelmente o voto acima identificado, não obstante considerar que o voto deveria em
primeiro lugar congratular a revolução liberal do Porto e posteriormente as três entidades que protagonizam as
celebrações dos 200 anos da Revolução Liberal no Porto, e que, obviamente, merecem todo o nosso respeito.
Palácio de S. Bento, 18 de fevereiro de 2020.
Os Deputados, André Silva — Bebiana Cunha — Cristina Rodrigues — Inês de Sousa Real.
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A minha abstenção ao Voto n.º 172/XIV/1.ª — De congratulação pelas celebrações dos 200 anos da
Revolução Liberal no Porto, da Iniciativa Liberal [IL], deve-se a duas razões:
A primeira prende-se com o facto de o voto de congratulação, quando lido com atenção, ter menos que ver
com a própria data — a celebração dos 200 anos da Revolução Liberal de 1820 este ano, em agosto — e mais
com uma congratulação à própria Câmara Municipal do Porto e à Fundação Minerva-Universidade Lusíada por
decidirem celebrá-la;
A segunda, porventura mais importante, tem que ver com o que aparenta ser um equívoco da própria
Iniciativa Liberal. A Revolução Liberal de 1820 — que expulsaria os britânicos do controlo militar de Portugal,
promovendo a efetiva independência do País — foi forjada por agentes sociais com ideais jacobinos inspirados
na Revolução Francesa (1789), que se viriam espelhados na primeira das Constituições portuguesas, a de 1822
(por sua vez, influenciada na famosa Constituição de Cádis, de 1812). Acresce que, depois de avanços e recuos,
incluindo uma guerra civil fratricida entre D. Miguel e D. Pedro IV, tais ideais ver-se-iam galvanizados na
experiência liberal mais radical entre 1834 e 1836, coadjuvada pela legislação progressista à época do estadista
e jurista Mouzinho da Silveira, incluindo a extinção das ordens religiosas.
Ponho em dúvida, portanto, que seja este o legado liberal que a IL reivindica para si e para qual pede a
congratulação da Assembleia da República.
Assembleia da República, 18 de fevereiro de 2020.
A Deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira.
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Relativa ao Projeto de Resolução n.º 233/XIV/1.ª:
O Grupo Parlamentar do PSD absteve-se na votação relativa ao projeto de resolução em referência por
entender que a Iniciativa Legislativa agora apresentada pelo Grupo Parlamentar do PCP é extemporânea,
apesar de se rever na relevância do assunto objeto da mesma.