24 DE OUTUBRO DE 2020
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serão cobradas, pela forma como a proposta que o Partido Socialista, o Governo e os vários grupos
parlamentares — que não aprovaram as propostas do PCP na especialidade — deixaram o texto final.
Portanto, aqui estão as avocações que contribuiriam, certamente, para que o cinema no nosso País fosse
incrementado e tivesse um incentivo.
Aplausos do PCP e do PEV.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Beatriz Gomes Dias.
A Sr.ª Beatriz Gomes Dias (BE): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Desde a discussão do Orçamento do Estado para 2020 que o Bloco de Esquerda apresenta propostas para reforçar os meios de
investimento público no cinema e audiovisual, alargando as fontes de receita às novas plataformas digitais,
propostas que o Partido Socialista rejeitou até à última hora. Quando percebeu o impacto e a indignação causada
pela «borla» fiscal que oferecia a estas multinacionais, o PS recuou parcialmente, mas muito ficou por fazer.
No contexto da crise económica e social, a revisão da Lei do Cinema era a oportunidade perfeita para
garantirmos novos meios ao setor e permitir-lhe resistir e recuperar, alargando o reforço das taxas para aumentar
a capacidade financeira do ICA e da Cinemateca, mas também do Plano Nacional de Cinema (PNC), da rede
de teatros e cineteatros portugueses (RTCP) e da rede de cineclubes. Todas estas propostas foram rejeitadas
pelo PS e pela direita. Foi uma oportunidade perdida.
O Bloco de Esquerda voltará a apresentar propostas para a sua revisão.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado José Magalhães.
O Sr. José Magalhães (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Uma coisa absolutamente certa é que a ideia de se criar uma taxa de 1% partiu do Partido Socialista. Não há dúvida absolutamente nenhuma. Tal foi o
resultado de um debate que tivemos na Comissão, é original à escala europeia — …
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Mas é pouco!
O Sr. José Magalhães (PS): — … não sei se já repararam, mas vão ter tempo para o fazer —, e, por outro lado, conseguimos melhorias. E só lamento que, tendo nós proposto que fosse corrigido aqui um lapso de copy
paste praticado pelos serviços, o PCP se tenha oposto a isso, o que tem como consequência…
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Não, não!
O Sr. José Magalhães (PS): — Sr.ª Deputada, não é «não, não, não», é o que eu estou a dizer! Ou seja, nesta matéria é absurdo que, por um capricho e por uma birra, a lei saia daqui com uma norma
colocada no sítio errado. Essa norma é apenas aquela que refere, conforme o disposto no n.º 5, que a tal taxa
não é aplicável aos operadores de serviços audiovisuais a pedido com um baixo volume de negócios ou com
baixas audiências. É isto!
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Não é nada disso!
O Sr. José Magalhães (PS): — A Sr.ª Deputada é a autora de um lapso. É um grande motivo de orgulho e só honra as tradições do PCP. Portanto, achamos absolutamente lamentável!
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Lamentável é o que vocês fizeram!
O Sr. José Magalhães (PS): — E também teremos ocasião, em sede própria — através, porventura, até, de um cavaleiro orçamental —, de corrigir isso, sem qualquer problema.
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; Movimento Filhos sem Voz; Movimento Stop Eutanásia (contributo); Federação Portuguesa pela Vida
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