28 DE OUTUBRO DE 2021
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Aplausos do PS.
Sim, e não ficámos à espera de que o PRR se desenhasse por acaso. Trabalhámos e envolvemos a
sociedade portuguesa no desenho do PRR.
Protestos doPSD.
Até viemos aqui, à Assembleia da República, em setembro de 2020, promover um debate. E nesse debate
houve zero ideias do Dr. Rui Rio, a não ser a de dizer que era um erro aumentar o salário mínimo nacional. Mas
sobre o PRR, houve zero de contribuição.
Aplausos do PS.
Todos conhecemos, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a opção que o Sr. Presidente da República, no
exercício das suas competências próprias, antecipadamente tomou face à possibilidade de não aprovação do
Orçamento do Estado. É uma competência própria do Presidente da República, que não comentamos e que,
como sempre, respeitamos, qualquer que seja a opção final que venha a tomar.
Pela nossa parte, não viramos as costas às responsabilidades para com os portugueses. Não o fizemos nos
momentos difíceis em que a Comissão Europeia nos ameaçava com sanções, nem o fizemos quando a
pandemia assolou Portugal.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Provámos que era possível romper com a austeridade sem sair do euro e provámos que era possível fortalecer o Serviço Nacional de Saúde para respondermos à pandemia e
executarmos uma operação de vacinação que nos coloca, hoje, numa posição cimeira a nível mundial.
Aplausos do PS.
Fomos, somos e seremos um referencial de estabilidade e de equilíbrio responsável, que garante condições
de governabilidade, por mais adversas que elas sejam. É este o nosso dever institucional, mas é sobretudo o
nosso dever para com os portugueses, num momento em que a economia portuguesa está a conseguir sair da
mais profunda crise económica que tivemos de enfrentar e a retomar uma trajetória de crescimento acima da
zona euro e da União Europeia.
Quando, no 1.º semestre deste ano, se registou um novo máximo de investimento empresarial, quando as
exportações portuguesas já estão acima das de 2019 e o desemprego já caiu para um valor inferior ao registado
na crise, quando a credibilidade internacional de Portugal permanece intocada e conseguimos, em plena crise,
a primeira emissão de dívida, a 10 anos, a juros negativos, quando Portugal dispõe de um volume de recursos
como nunca dispôs para vencer definitivamente bloqueios estruturais e dispõe, hoje, pela primeira vez na nossa
história, de uma geração com níveis de qualificação próximos da média da União Europeia, a última coisa de
que Portugal precisa e que os portugueses merecem é uma crise política, neste momento e nestas
circunstâncias.
Aplausos do PS.
Em democracia, nunca há becos sem saída. Em democracia, há sempre alternativas. A primeira, a melhor,
obviamente, é a que está nas mãos desta Assembleia da República e que é esta: daqui a pouco, quando forem
chamados a votar, na generalidade, a proposta de lei de Orçamento do Estado, viabilizem a sua passagem à
especialidade, de forma a que as negociações e a melhoria do Orçamento possam prosseguir.
Aplausos do PS.