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29 DE SETEMBRO DE 2023

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O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Todos sabemos que os corações dos progressistas batem com a cadência da internacional sinistra e que, por isso, estão sempre disponíveis para obedecer cegamente aos interesses e projetos da grande internacional globalista.

Mas os tempos estão a mudar, pois os povos da Europa estão a dizer chega a estas forças «ecomarxistas», que querem limitar tanto a liberdade como toda e qualquer soberania dos povos.

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Muito bem! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — O Chega não vai permitir que as políticas impostas pelos burocratas

de Bruxelas sejam compulsivamente aplicadas aos agricultores portugueses. Aplausos do CH. O Chega não vai permitir o novo Holodomor, em que somos espoliados das nossas terras, das nossas

produções, para que outros venham impor distintas formas de fome. Ex.mo Sr. Presidente, Ex.mos Srs. Deputados, depois de oito anos no poder, já se vê que Portugal nunca

atingirá a soberania e a segurança alimentares com este Governo socialista e com esta ministra incompetente, pois olham para os agricultores como inimigos.

Faz quatro anos que a Ministra da Agricultura assumiu funções e garantiu aumentar o autoaprovisionamento de cereais de 18 % para 38 %, em 2023. Ora, em 2023, o autoaprovisionamento não descola dos míseros 20 %, a campanha cerealífera deste ano foi a pior de sempre e, nos últimos anos, temos tido as mais baixas produções de cereais dos últimos 35 anos.

Também a Sr.ª Ministra prometeu dirimir o nosso défice produtivo total, mas vemos que este continua a ser um dos mais altos da Europa a 27. Comprova-se, por isso, uma vez mais, que estes governantes do sistema não têm palavra e vivem bem com essa desonra.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, os agricultores não são inimigos do Governo, mas os Governos têm sido inimigos dos agricultores, sejam os Governos da geringonça ou sejam os Governos da «geriponcha».

Aplausos do CH. Os agricultores portugueses são pessoas de bem, que apenas pedem, em manifestações poderosas na rua,

que os deixem trabalhar, que os Governos honrem a palavra dada. Pedem que não destruam nem o Ministério, nem as DRAP (Direções Regionais de Agricultura e Pescas). Pedem que o IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P.) cumpra as datas de pagamento. Pedem que os libertem dos fundamentalismos dos «ecorregimes» da PAC (Política Agrícola Comum) 2023-2027.

Pedem que os deixem reter e usar a água das chuvas que, quando há, se perde para o mar. Pedem que os deixem tratar os seus animais com o respeito que aprenderam dos seus pais e dos seus avós. Srs. Deputados, será muito difícil atender estes pedidos tão simples do mundo rural?

Sr. Presidente, Srs. Deputados, não podemos ocultar a guerra na Europa, o aumento brutal do preço dos fertilizantes, da eletricidade, dos combustíveis. Tudo isto fez aumentar ainda mais as dificuldades do setor agrícola e pecuário, setores que já enfrentavam graves problemas, como as sucessivas secas, o despovoamento, o anátema social que é ser-se agricultor ou pecuário, o abandono do interior e, pior do que tudo, a perseguição dos sucessivos Governos do PS, que, além de aplicarem mais de 1200 taxas agrícolas, olham para os empreendedores do setor primário como se fossem uns «ecocriminosos» sem perceberem o seu valiosíssimo papel.

A todos o Governo quer deixar de mão estendida, como se o pouco que o IFAP paga, tarde e a más horas, para lá de uma esmola, fosse ainda um grande favor.

Por tudo isto, temos de cortar com as políticas do passado, procurando, juntamente com os agricultores portugueses, as óbvias soluções patrióticas para a agricultura e para as famílias dos agricultores. E nós, no Chega, temos coluna vertebral e temos palavra.

Aplausos do CH.