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I SÉRIE — NÚMERO 11

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A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Tenha juízo? Mas o que é isto?! O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, aqui o pressuposto é que nós todos temos juízo. Cada um defende as

suas ideias, responde pelos seus atos. Portanto, peço alguma contenção na linguagem que utiliza. Vozes do PS: — Muito bem! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Para ser respeitado tem de se dar ao respeito! O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento em nome do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado

André Marques. O Sr. André Marques (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro da Saúde, por estes

dias, o Sr. Ministro afirmou que as urgências dos hospitais do SNS estão longe de uma situação de colapso. Lamento discordar. A realidade vivida pelos portugueses, utentes e profissionais, diz o seu contrário.

Não podemos ignorar o caos nos corredores das urgências, onde a capacidade de internamento é insuficiente. Não pode aceitar passivamente a declaração do responsável do Hospital de Santa Maria, o maior do País, de que não consegue acolher todos os utentes que procuram a sua urgência.

Não podemos fechar os olhos ao encerramento e desvitalização progressiva da Urgência Pediátrica em Chaves.

Sr. Ministro, parece estar num estado de negação perigoso. O País enfrenta uma grave crise na saúde e o Governo escuda-se na criação das ULS (unidades de saúde local) como solução que tudo resolverá. Por isso, importa perceber qual o plano que apresentarão amanhã aos sindicatos médicos para captar, manter e valorizar os médicos no SNS.

O PSD, enquanto partido reformista, aceita a criação das ULS, mas não de uma forma apressada, ansiosa e impositiva. O seu ministério tem ignorado os autarcas e o processo de delegação de competências na área da saúde. Veja a gigantesca ULS Trás-os-Montes e Alto-Douro que os senhores propõem, com sérios riscos de se tornar ingerível e que contradiz os princípios da coesão social e territorial. Ignoraram e erraram ao não criar uma ULS do Alto Tâmega e Barroso, cuja recomendação já foi aprovada nesta Assembleia.

É preciso cumprir-se. É este o apelo das pessoas. Vou terminar, Sr. Presidente. Sr. Ministro, está disposto a calibrar melhor esta medida, dialogando com os partidos da oposição,

representantes de populações locais e profissionais do SNS, em prol do fortalecimento do nosso sistema de saúde?

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde. O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, muito obrigado pelas questões que me

colocaram. Por economia de tempo vou responder de forma agregada. O Governo está empenhado num diálogo sério com os profissionais. Por isso mesmo, e como, aliás, já foi

aqui referido, tive uma reunião na semana passada com a Ordem dos Médicos e terei, amanhã, uma reunião com os dois sindicatos. E, desculpar-me-ão, acho que compreendem todos que não posso fazer na Assembleia da República o diálogo que vou fazer numa mesa negocial com os sindicatos.

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Claro! Protestos da Deputada da IL Joana Cordeiro.