I SÉRIE — NÚMERO 25
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O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Tem toda a razão, Sr. Presidente, mas assumi que os grupos
parlamentares ainda iriam usar da palavra. É que há um grupo parlamentar que não usou da palavra e pensei que ia usar. É só isso.
O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado fala tão depressa que eu não compreendi o que disse. Risos. O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Estava a guiar-me pela tabela de tempos, Sr. Presidente. Bom, então,
muito obrigado por me dar a palavra. Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Na reta final de encerramento do debate, reitero os tópicos que referi
anteriormente. Trata-se da correção de uma matéria que, por força de uma revogação mais abrangente do que deveria ter ocorrido, gera dúvidas de interpretação — o Sr. Deputado Rui Cruz tem razão num aspeto — no que respeita a uma delas, que é manifestamente inconstitucional. Ou seja, o Governo não poderia ter revogado um diploma sobre o estatuto dos titulares de cargos políticos como fez em 2018, e, aliás, é discutível até que esta norma seja conforme à Constituição.
Protestos do PCP. Em qualquer caso, o fundamental e o ponto de consenso entre todas as forças democráticas na Sala é que
a forma de garantir que ninguém seja prejudicado pelo exercício de funções públicas é assegurando que todos os dias que esteve a trabalhar sejam contabilizados para efeitos das suas pensões, em função dos descontos feitos, o que é um ponto consensual entre todos.
Segundo aspeto: a antiguidade adquirida não pode ser posta em causa, não pode a pessoa ficar pior do que estava no momento em que veio exercer funções públicas. É o mínimo dos mínimos e é apenas isto que está em causa. Felizmente, teremos a oportunidade de, exatamente, aprimorar em que moldes é que se fará esta correção.
O debate ocupou-nos esta meia hora, e foi útil, mais uma vez, para evidenciar até onde vai a democracia, no sentido de até onde vão as forças que estão com a democracia e que com ela se preocupam. Eu diria que todos aqueles que usaram da palavra — e alguns que também não usaram da palavra, mas que não duvido — estão do lado certo deste debate de mobilizar continuamente os cidadãos para o exercício de funções públicas, e não fazer passar a ideia de que é uma carga que se coloca às costas. É, de facto, um esforço pedagógico muito difícil de alcançar e um esforço que a nossa democracia, aos 50 anos, como muitas outras, hoje enfrenta.
Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Para registo, embora não tenham tempos atribuídos para debate, seguem-se as
Propostas de Resolução n.os 17/XV/1.ª (GOV) — Adota medidas transitórias, relativas à prorrogação da aplicação das disposições do Acordo de Parceria entre os Estados ACP-EU; 19/XV/2.ª (GOV) — Aprova, para ratificação, a denúncia, pela República Portuguesa, do Tratado da Carta da Energia incluindo anexos, decisões e Ata Final, e o Protocolo da Carta da Energia Relativo à Eficiência Energética e aos Aspetos Ambientais Associados, assinados em Lisboa, em 17 de dezembro de 1994; 20/XV/2.ª (GOV) — Aprova, para ratificação, a Convenção n.º 190 sobre a eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho, adotada pela Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, na sua 108.ª sessão, realizada em Genebra, a 21 de junho de 2019; 21/XV/2.ª (GOV) — Aprova, para adesão, a Convenção da Organização Internacional de Ajudas à Navegação Marítima, adotada em Paris, em 27 de janeiro de 2021; 22/XV/2.ª (GOV) — Aprova a revisão dos Estatutos da Comunidade dos Países da CPLP, adotada pelo Conselho de Ministros da CPLP realizado em Luanda, em 27 de março de 2023; 23/XV/2.ª (GOV) — Aprova, para ratificação, o Acordo entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil em matéria de proteção de testemunhas, assinado em Lisboa, em 22 de abril de 2023; e 24/XV/2.ª (GOV) — Aprova o Acordo sobre Serviços Aéreos entre a República Portuguesa e a República do Quénia, assinado em Lisboa, a 28 de junho de 2022.