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12 DE JANEIRO DE 2024

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O Sr. Rui Rocha (IL): — Sr. Presidente, o meu ponto está feito. É assim que o PS se alastra, qual polvo, por

todo o aparelho de Estado, usando-o sempre em benefício próprio, que é o mesmo que dizer em prejuízo dos contribuintes.

E ainda não falámos de injeções de capital, que ora são sazonais, ora são para tratar falências e insolvências. Quer umas quer outras são feitas com o dinheiro dos mesmos de sempre, dos portugueses.

Como aqui foi dito, o dinheiro é dos portugueses, não é de mais ninguém. A RTP, por exemplo, só em 2023, recebeu dos contribuintes 191 milhões de euros através da contribuição

audiovisual. Protestos de Deputados do PS. Temos outras empresas, como a IdD Portugal Defence, que ficou famosa depois de pagar 50 000 € por uma

assessoria, de quatro dias, a Marco Capitão Ferreira, ex-Secretário do Estado do PS. Mas, graças a Pedro Nuno Santos, temos muito mais do que isso. A CP, por exemplo, só no ano passado,

viu ser-lhe perdoada uma dívida de 1800 milhões de euros ao Estado. Mais 1800 milhões de euros não são nada, comparados com os 3200 milhões de euros que foram enterrados na TAP, também por Pedro Nuno Santos.

O Sr. Deputado Pedro Nuno Santos sente orgulho em toda esta gestão, mas foram os portugueses que ficaram sem dinheiro nos seus bolsos por causa dessa gestão.

Sr. Presidente, há umas semanas, Pedro Nuno Santos — que foi, como sabemos, secretário de Estado, entre 2015 e 2019, e Ministro das Infraestruturas e da Habitação, entre 2019 e 2023 — foi ao programa de Júlia Pinheiro dizer que agora tinha a oportunidade de fazer alguma coisa decente e de jeito pelo nosso País.

O Sr. Bernardo Blanco (IL): — Agora é que vai ser! O Sr. Rui Rocha (IL): — Isto quer dizer que considera, de facto, que não fez nada neste sentido nos últimos

anos, e tem inteira razão. Tenho de concordar consigo! Protestos de Deputados do PS. Por isso, Srs. Deputados, garanto-lhes que a partir do dia 10 de março será o fim da prodigalidade socialista

e o início da responsabilidade na gestão do setor empresarial do Estado. O Deputado Pedro Nuno Santos já teve a sua oportunidade, e falhou. Agora, é a vez de outros tratarem do

futuro de Portugal. Aplausos da IL.Protestos do PS. O Sr. Presidente: — Para encerrar este debate, em nome do Governo, tem a palavra o Sr. Secretário de

Estado do Tesouro, Pedro Sousa Rodrigues. O Sr. Secretário de Estado do Tesouro: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Assistimos, mais uma

vez, a um interessante e profícuo debate ideológico, e a conclusão a que se chega é óbvia, a de que há posições diferentes.

Mas deixem-me destacar algo que é importante: só por desconhecimento do que são as empresas públicas, os serviços prestados pelas empresas públicas e as necessidades dos portugueses é que poderíamos pensar em privatizar tudo e mais alguma coisa. O trabalho feito por estas empresas é um trabalho social de relevância extrema e, portanto, deve ser cumprido, como tem estado a ser, pelo Estado.