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30 DE MAIO DE 1979

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no turismo, este bom resultado fica a dever-se também a uma melhoria na balança comercial. Com efeito, a evolução bastante elevada registada nas exportações de mercadorias (cerca de 13%) conjugada com uma estagnação das importações de mercadorias permitiu que se registasse uma melhoria no saldo da balança comercial, embora este deficit se mantenha a um nível muito elevado (cerca de 101 milhões de contos, ou seja, 2315 milhões de dólares). A estagnação das importações tem de ver, fundamentalmente, com a moderação na evolução da procura interna e da produção. Com efeito, esta terá crescido (quadro I. l) cerca de 3,4%. ritmo ligeiramente superior ao programado (3%), o que resulta fundamentalmente de um maior crescimento do sector dos serviços (3 % contra 2 %), como consequência também de um maior crescimento das despesas com pessoal do sector público. Ao nível

dos restantes sectores dever-se-á salientar uma certa recuperação do sector da agricultura e pecuária após o decrescimento verificado em 1977. Esta recuperação ficará a dever-se fundamentalmente a um aumento dos produtos da pecuária, já que a produção dos cereais mais importantes ainda se encontra abaixo da média do decénio e a produção de vinho registou nova quebra em 1978. No que respeita ao sector industrial, o crescimento estimado (3,3%) encontra-se muito próximo do previsto e deve-se mais ao crescimento das indústrias pesadas e de certas indústrias mais viradas para a exportação; a restrição da procura interna terá naturalmente reduzido a evolução normal do sector. O sector da construção sentiu também a influência das medidas restritivas, nomeadamente do aumento da taxa de juro, devendo ter registado um crescimento de 5 %, próximo do previsto, mas bastante inferior ao de 1977.

QUADRO 1.1 Produto interno bruto (custo de factores)

(Valores em milhares de contos)

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Fonte: Estimativas DCP/Banco de Portugal.

Dentro do sector será de considerar a construção de habitações, estimando — se que em 1978 se terão concluído 39 500 novos fogos, contra 34 000 em 1977. No entanto, as já mencionadas reduções no ritmo do crescimento do sector deverão fazer-se sentir no corrente ano, já que se admite um decréscimo no número de fogos iniciados a partir do 2.° semestre de 1978.

3. O crescimento do sector produtivo em 1978 foi induzido fundamentalmente pela procura externa (exportações de bens e serviços), que terá crescido cerca de 15,5 % em volume, ritmo que se deverá considerar excepcional e muito acima do previsto. Embora não se disponha de dados concretos, admite-se que num número significativo de sectores de exportação este aumento de procura tenha permitido operar um escoamento de stocks existentes. Das restantes rubricas de despesa haverá ainda que salientar o crescimento do consumo público em bens e serviços (5,6 %), muito superior ao previsto e que não foi possível conter nos limites normais da realização orçamental. A evolução da formação de capital fixo (quadro 1.2) foi, po-

rém, inferior ao programado (4 °lo de aumento contra cerca de 6°fó), o que poderá ter de ver com um ritmo de execução também inferior do investimento no sector público empresarial. A evolução do consumo privado, sempre difícil de estimar, foi moderada (0,5 %), tendo a poupança interna (particulares e empresas) atingido uma taxa bastante superior à prevista, que permitiu um recurso muito inferior ao de 1977 à

QUADRO 1.2 FBCF, por agentes — 1977 e 1978

(Milhares de contos, preços correntes}

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1 Estudos de conjuntura do MHOP, Janeiro de 1979.

Fonte: Estimativas DCP.