O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1766-(156)

II SÉRIE — NÚMERO 47

O Sr. Presidente: — Sr. Secretário de Estado, tem a palavra para responder, se assim o desejar.

O Sr. Secretário de Estado da Industria e Energia: — Sr. Deputado, este é um caso especial, pois não se trata propriamente de um subsídio a urna empresa.

O que aconteceu é que a Direcção-Geral de Geologia e Minas subcontratou uma empresa pública, a FER-ROM1NAS, a quem deu atribuição de fazer algo que, em princípio, caberia dentro das atribuições da própria Direcção-Geral. Tratava-se da pesquisa de recursos mineiros num caso muito específico, que era o dos carvões, e que tinha a ver com a melhoria das prospecções na base carbonífera do Douro, prospecções essas que estavam a ser exploradas pela Empresa Carbonífera do Douro, que é 100% participada pelo Estado, através da FERROMINAS.

Portanto, não lhe posso dizer se existem ou não mais empresas nessas condições, mas, em princípio, não é prática corrente a Direcção-Geral de Geologia e Minas subcontratar empresas públicas para fazer trabalhos de prospecção e pesquisa. Este era um caso específico em que tal se justificava, por uma razão que se pode explicar com alguma facilidade, e que é a de que a Empresa Carbonífera do Douro estava a prospectar poços a determinada profundidade e, sendo necessário aumentar a pesquisa para outras profundidades, parecia conveniente que essa prospecção fosse feita já por uma empresa mineira, para, depois, se detectarem aspectos de gestão e de exploração da própria unidade mineira. E foi essa a razão pela qual foi feita esta subcontratação.

O Sr. Ministro da Indústria e Comércio: — Se os

senhores deputados acharem bem, passaremos agora ao tema ICEP, sobre o qual foram colocadas diversas questões.

Na ausência do Sr. Secretário de Estado do Comércio Externo, que, repito, está ausente em missão nos EUA, peço à Sr.a Engenheira Piedade Valente que me ajude sobre este tema.

Há uma verba global de fomento de exportação que está no Gabinete do Ministro, embora não seja gerida por ele, pois, por medida adoptada por mim, o Gabinete do Ministro da Indústria e Comércio não gere nenhuma verba de nenhuma natureza, pelo que essa verba consta do meu gabinete apenas por razões orçamentais.

Em relação à verba de 2 390 000 contos do Fundo de Fomento de Exportação, e no seguimento de pedido desta Comissão, entregámos a sua respectiva decomposição num documento que enviámos ao Sr. Presidente e que, certamente, vos foi distribuído. Nesse documento está discriminada essa verba e em nota de pé de página e em diversos itens referem-se valores estimados aproximados: contratos de desenvolvimento, 200 000 contos; novo instrumento de desenvolvimento da exportação — que é um dos poucos instrumentos compatíveis com as regras comunitárias —, 200 000 contos; incentivos aduaneiros e promocionais à exportação, IAPE, 200 000 contos; agrupamentos para exportação, 7000 contos; contratos-programa, acordos--quadro sectoriais, 743 000 contos; compensação de estrangulamentos, viabilização de operações, 509 000 contos; projectos especiais de desenvolvimento, 183 000 contos; apoio a câmaras de comércio, 5000 contos; sistema integrado de informação, informação ICEP,

36 000 contos — e está aqui mal classificado, pois devia constar no PIDDAC, conforme já indicámos na Comissão, mas o erro já vem de trás e terá de ficar assim; plano adicional de promoção ICEP, 307 000 contos.

Desta verba global de 2 390 000 contos, 1 783 000 contos correspondem a compromissos já firmados ou inevitáveis decorrentes de acções iniciadas e em curso.

Depois do esclarecimento que fiz sobre esta verba pergunto aos senhores deputados que a sublevaram se querem colocar alguma questão na especialidade, que, certamente, a Sr.a Engenheira Piedade Valente, com melhor conhecimento, poderá responder.

Quanto às outras questões formuladas, nomeadamente pelos Srs. Deputados João Corregedor da Fonseca e Ivo Pinho, creio que elas se centraram mais no âmbito do funcionamento corrente do ICEP. Uma vez que não as ouvi bem, peço aos senhores deputados o favor de as repetirem para a Sr.a Engenheira poder, depois, responder.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado João Corregedor da Fonseca.

O Sr. João Corregedor da Fonseca (MDP/CDE): — Em relação ao ICEP, há uma verba de outras despesas correntes diversas de 1 570 017 contos, sobre a qual gostaria de ser esclarecido.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.a Engenheira Piedade Valente.

A Sr.a Piedade Valente: — Sr. Deputado, esta verba destina-se, no essencial, a permitir o funcionamento do ICEP, que, como sabem, é o organismo nacional de promoção de exportações, tem uma vasta rede de delegações no estrangeiro, 29 delegações que cobrem 34 mercados, e por ele passa todo o nosso suporte institucional. Todas as despesas de apoio logístico às acções de promoção que desenvolvemos no exterior estão, por isso, incluídas nesta verba de 1 500 000 contos.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado João Cravinho.

O Sr. João Cravinho (PS): — Sr. Ministro, desejo pôr uma questão de natureza geral e que vale não tanto para este processo em que estamos envolvidos, mas antes para o seu aperfeiçoamento, que dentro em breve teremos de discutir, e para a preparação do Orçamento do Estado para 1987.

Somos confrontados aqui com verbas de milhões e milhões de contos destinadas a apoiar e incentivar a actividade económica nacional das mais variadas maneiras, sendo uma delas a da exportação.

Confesso que os termos em que o Orçamento é discutido não permitem a esta Assembleia — não por culpa do Governo — que se votem em consciência estas verbas, a não ser pela confiança. E certamente faremos disso confiança, pois em muitos casos não temos razão para actuar de modo contrário.

No entanto, julgo que, para efeitos de preparação de futuros exercícios de confrontação de verbas com as necessidades, precisamos de dispor de outros elementos. Nomeadamente em áreas chaves, como aquelas que dizem respeito ao apoio à exportação e à tecnologia — neste caso, o problema coloca-se até com mais nitidez, pois, feitas as contas, as verbas são aqui mais vul-

Páginas Relacionadas
Página 0149:
II Série — 3.º Suplemento ao n.º 47 Quarta-feira, 2 de Abril de 1986 DIÁRIO da
Pág.Página 149
Página 0150:
1766-(150) II SÉRIE — NÚMERO 47 Secretaria de Estado, nomeadamente o Instituto Portug
Pág.Página 150
Página 0151:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(151) andamento desse projecto e que incentivos à reestrutura
Pág.Página 151
Página 0152:
1766-(152) II SÉRIE — NÚMERO 47 feitamente compreendida a minha questão e para que me
Pág.Página 152
Página 0153:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(153) timing determinado, seis meses ou um ano, no máximo, em
Pág.Página 153
Página 0154:
1766-(154) II SÉRIE - NÚMERO 47 Relativamente ao Sr. Deputado Octávio Teixeira já res
Pág.Página 154
Página 0155:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(155) tivos ao desenvolvimento da actividade industrial, não
Pág.Página 155
Página 0157:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(157) tosas —, julgo que o processo orçamental terá de inclui
Pág.Página 157
Página 0158:
1766-(158) II SÉRIE — NÚMERO 47 Assim, o Governo — qualquer governo — poderá imprimir
Pág.Página 158
Página 0159:
2 DE ABRIL dE 1986 1766-(159) Isso parece-me não ser correcto e, como referi inicialm
Pág.Página 159
Página 0160:
1766-(160) II SÉRIE — NÚMERO 47 instituições — e não estou a falar do tipo A, do tipo
Pág.Página 160
Página 0161:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(161) experiência, mais duas ou três, em ambiente diversifica
Pág.Página 161
Página 0162:
1766-(162) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. João Cravinho (PS): — Dá-me licença, Sr. Secret
Pág.Página 162
Página 0163:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(163) E de uma coisa temos a certeza: é que as responsabilida
Pág.Página 163
Página 0164:
1766-(164) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário de
Pág.Página 164
Página 0165:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(165) acabou por se arrancar com o primeiro grupo, estando
Pág.Página 165
Página 0166:
1766-(166) II SÉRIE — NÚMERO 47 nos quiseram saber o que é que se ia passar. As expli
Pág.Página 166
Página 0167:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(167) o preço da electricidade no valor x, tendo em atenção o
Pág.Página 167
Página 0168:
1766 (168) II SÉRIE — NÚMERO 47 80% dos seus activos são activos fixos e que, dos res
Pág.Página 168
Página 0169:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(169) outros sectores e do interesse em deixarem a outras ent
Pág.Página 169
Página 0170:
1766-(170) II SÉRIE — NÚMERO 47 Ora, estando a inflação a 14%, como se diz, e sendo e
Pág.Página 170
Página 0171:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(171) falando de outras. Tudo isto atinge mais de 30 milhões
Pág.Página 171
Página 0172:
1766-(172) II SÉRIE — NÚMERO 47 contos à EDP, não há nada no Orçamento que preveja a
Pág.Página 172
Página 0173:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(173) O Orador: — Sr. Presidente, quero fazer um ponto de ord
Pág.Página 173
Página 0174:
1766-(174) II SÉRIE — NÚMERO 47 O problema é muito mais complexo, os que estão envolv
Pág.Página 174
Página 0175:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(175) O Sr. Ministro da Indústria e Comércio: — Estou aqui a
Pág.Página 175
Página 0176:
1766-(176) II SÉRIE — NÚMERO 47 para 1986, o Governo optou por privilegiar alguns sec
Pág.Página 176
Página 0177:
2 OE ABRIL DE 1986 1766-(177) Reconheço que, em termos do Serviço Nacional de Bombeir
Pág.Página 177
Página 0178:
1766-(178) II SÉRIE — NÚMERO 47 Sr.. Ministro, se for possível, dê-nos um mapa esclar
Pág.Página 178
Página 0179:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(179) verba que passa para os 16 050 000 contos não faz mais
Pág.Página 179
Página 0180:
1766-(180) II SÉRIE - NÚMERO 47 mento — não vou pedir muito dinheiro, pois não seria
Pág.Página 180
Página 0181:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(181) Pelos orçamentos e pelas consultas que temos feito, um
Pág.Página 181
Página 0182:
1766-(182) II SÉRIE — NÚMERO 47 No que respeita às outras despesas, houve, de facto,
Pág.Página 182
Página 0183:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(183) As verbas destinadas a investimento e equipamento baixa
Pág.Página 183
Página 0184:
1766-(184) II SÉRIE — NÚMERO 47 A Sr.a Helena Torres Marques (PS): — Creio que hoje é
Pág.Página 184
Página 0185:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(185) É um assunto que espero bem que seja tratado pelo Minis
Pág.Página 185
Página 0186:
1766-(186) II SÉRIE — NÚMERO 47 Agora a rubrica de pessoal, como tem um elemento obje
Pág.Página 186
Página 0187:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(187) extremamente interessante, dessa problemática, já que e
Pág.Página 187
Página 0188:
1766-(188) II SÉRIE — NÚMERO 47 (infracções tributárias), que incide numa questão que
Pág.Página 188
Página 0189:
2 DE ABRIL DE 1986 2766-(189) Gostaria de saber se o Sr. Ministro tem possibilidade d
Pág.Página 189
Página 0190:
1766-(190) II SÉRIE — NÚMERO 47 de alunos relativamente a universidades do Porto, tem
Pág.Página 190
Página 0191:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(191) refere apenas ao ano de 1986 ou engloba ainda o 1.° sem
Pág.Página 191
Página 0192:
1766-(192) II SÉRIE — NÚMERO 47 Portanto, a primeira questão que fica colocada é a qu
Pág.Página 192
Página 0193:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(193) maior procura para a efectivação. Isto tem logicamente
Pág.Página 193
Página 0194:
1766-(194) II SÉRIE — NÚMERO 47 Pergunto ao Sr. Ministro se, em sua opinião, lhe pare
Pág.Página 194
Página 0195:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(195) No que diz respeito ao ensino superior — esta é, talvez
Pág.Página 195
Página 0196:
1766-(196) II SÉRIE — NÚMERO 47 tema andasse mais depressa e que tivesse mais meios a
Pág.Página 196
Página 0197:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(197) tigação no domínio das ciências da educação possam ser
Pág.Página 197
Página 0198:
1766-(198) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Jorge Lemos, talvez
Pág.Página 198
Página 0199:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(199) estudantes universitarios — ai é que as desigualdades s
Pág.Página 199
Página 0200:
1766-(200) II SÉRIE — NÚMERO 47 tos deste ano atingir os 100%. Como referi, já estão
Pág.Página 200
Página 0201:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(201) O Orador: — Sr. Deputado, peço imensa desculpa, mas pen
Pág.Página 201
Página 0202:
1766-(202) II SÉRIE — NÚMERO 47 sam ser todos esclarecidos, ou se pretendem fixar uma
Pág.Página 202
Página 0203:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(203) Do nosso ponto de vista, e pensamos em termos de uma le
Pág.Página 203
Página 0204:
1766-(204) II SÉRIE — NÚMERO 47 tos. Digamos que reconheceríamos que, por muito mais
Pág.Página 204
Página 0205:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(205) O Sr. Rogério Moreira (PCP): — Sr. Ministro, Sr. Secret
Pág.Página 205
Página 0206:
1766-(206) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presídeme: — Tem a palavra o Sr. Deputado João
Pág.Página 206
Página 0207:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(207) Já foi aqui referido pelo meu colega Rogério Moreira a
Pág.Página 207
Página 0208:
1766-(208) II SÉRIE — NÚMERO 47 Efectivamente, foi uma inscrição que o serviço de acç
Pág.Página 208
Página 0209:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(209) investigadores que não estejam integrados em centros. A
Pág.Página 209
Página 0210:
1766-(210) II SÉRIE — NÚMERO 47 Deresto, o alargamento de quadros foi feito em termos
Pág.Página 210
Página 0211:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(211) O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Agosti
Pág.Página 211
Página 0212:
1766-(212) II SÉRIE — NÚMERO 47 rápida. Tem lido um ritmo de expansão que talvez não
Pág.Página 212
Página 0213:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(113) Mas, quero colocar duas questões, tendo uma a ver com p
Pág.Página 213
Página 0214:
1766-(214) II SÉRIE — NÚMERO 47 sível de resultados aplaudíveis com as verbas que lhe
Pág.Página 214
Página 0215:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(215) Mais me preocupa ainda o que se passa com a Direcção-Ge
Pág.Página 215
Página 0216:
1766-(216) II SÉRIE — NÚMERO 47 Embora, a todo o tempo, tenhamos de conhecer os crité
Pág.Página 216
Página 0217:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(217) cargo a produção de restauros fundamentais na talha dou
Pág.Página 217
Página 0218:
1766-(218) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presidente: — Como lhe digo, Sr. Deputado, foi
Pág.Página 218
Página 0219:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(219) Por exemplo, hoje não se lêem Os Maias, de Eça de Queir
Pág.Página 219
Página 0220:
1766-(220) II SÉRIE — NÚMERO 47 A Sr.3 Secretária de Estado da Cultura (Maria Teresa
Pág.Página 220
Página 0221:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(221) na Comissão de Educação, Ciência e Cultura — ou mal-ent
Pág.Página 221
Página 0222:
1766-(222) II SÉRIE — NÚMERO 47 Quanto aos instrumentos existem 20 000 contos inscrit
Pág.Página 222
Página 0223:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(223) operações de transferência, que incluem, por um lado, a
Pág.Página 223
Página 0224:
1766-(224) II SÉRIE — NÚMERO 47 Em relação ao edifício, também me parece prematuro ne
Pág.Página 224
Página 0225:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(225) Todavia, considero-a uma verba relevante no âmbito da D
Pág.Página 225
Página 0226:
1766-(226) II SÉRIE — NÚMERO 47 O terceiro apontamento — agradeço que a Sr.a Secretár
Pág.Página 226
Página 0227:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(227) — incluindo o circo—, mas penso que o circo é um proble
Pág.Página 227
Página 0228:
1766-(228) II SÉRIE — NÚMERO 47 que acontece, por exemplo, no Museu da Ciência em Ing
Pág.Página 228