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II SÉRIE-A — NÚMERO 32

Em 1799 havia no cartório monástico memória de 41 igrejas ou freguesias do concelho e fora dele cujos párocos ou capelães eram ou foram da apresentação do nosso Mosteiro.

José Mattoso verificou que a documentação do Mosteiro relativa à época medieval é das mais ricas do Norte de Portugal. Referindo-se à região entre Sousa e Tâmega, diz que não se podia percorrer um quilómetro sem encontrar um casal, uma quintana ou uma leira pertencente a Paço de Sousa. Resume dos documentos que estudou: 10 igrejas inteiras, 48 de condomínio, 6 granjas, 311 casais, 30 campos, 204 herdades, 12 pescarias, 1 salina, etc.

Em 1808, aquando das invasões francesas, registaram--se tropelias no Mosteiro de Paço de Sousa.

O coronel Nicholas Trant, governador das armas do Porto, visitou Paço de Sousa em Maio de 1814. Foi recebido na Casa da Companhia, do coronel José Leite Pereira de Mello.

Frei João de Santa Gertrudes Leite de Amorim, beneditino, ainda tentou fazer ressurgir, em 1873-1874, no Mosteiro de Paço de Sousa a vida monástica.

Mas em 1875 instalou-se no convento uma casa pia, em virtude do legado de Francisco José Ferraz, natural da freguesia e falecido no Rio de Janeiro. A Junta da Província do Douro Litoral veio a tomar conta da administração desse instituto.

Em 24 de Maio de 1883, na Capela de Santa Luzia ocorreu a bênção solene da imagem do Sagrado Coração de Jesus, executada em tamanho natural, que se encontra na igreja paroquial. No dia 1 de Junho desse ano foi celebrada a festividade em sua honra.

No dia 1 de Setembro de 1929 foi inaugurada a obra de restauro da igreja paroquial, empreendida pela Direcção--Gcral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, por ter sofrido um incêndio em 9 de Março de 1927. A torre actual foi construída por ocasião desse restauro.

Em 21 de Outubro de 1940 ardeu a ala sul do antigo convento.

Junto ao portão brasonado da Casa da Companhia existiu a Capela de Santo Amaro. Foi demolida em 1916, quando se procedeu à abertura da Avenida do Barão Lourenço Martins (Paço de Sousa, 4 de Dezembro de 1860-Cetc, 13 de Setembro de 1934).

Actualmente existem na freguesia 10 capelas, a saber: Capela de Santa Eulália, Capela de São Lourenço (1622), Capela de São Martinho, Capela de Santa Luzia, Capela de Nossa Senhora da Conceição (1717), Casa de Subcar-reira, Capela de Nossa Senhora da Conceição (Casa da Companhia), Capela de Santo António (1749, lugar de Ca-deade). Capela de Nossa Senhora de Lurdes (1904, lugar do Mosteiro), capela da Casa do Gaiato (1944) e capela do cemitério novo (1989, lugar de Vale Formoso).

Em 29 de Junho de 1938 foi fundada a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, com uma área de actuação de nove freguesias — Paço de Sousa, Urro, Irivo, Galegos, Valpedre, Fonte Arcada, Lagares, Capela e Figueira. O cinquentenário foi comemorado solenemente em 1988. Actualmente, o quadro de bombeiros é composto por 96 soldados da paz e a Associação regista 4870 sócios. No corrente ano vai iniciar-se a construção do novo quartel, na Avenida do Barão Lourenço Martins, com um custo superior a 100 000 contos.

A Banda Musical e Cultural de Paço de Sousa, com raízes conhecidas no século Xix, desde a Música do Romualdo, de São Lourenço, teve a sua fundação em 10

de Agosto de 1941. Em 1989 organizou-se a 1.» Festa da Música, com a apresentação do novo instrumental. Este ano vai ser comemorado o 50.9 aniversário.

O Futebol Clube de Paço de Sousa foi fundado em 27 de Maio de 1946. Possui campo de jogos próprio e disputa actualmente a 3.' Divisão Distrital.

O Centro Cultural e Rancho Folclórico de Paço de Sousa formou-se em 6 de Março de 1975. A 20 de Julho de 1986 foram inauguradas as suas instalações na Avenida da Liberdade.

A festa anual da paroquia realiza-se a 15 de Agosto, em honra de Nossa Senhora de Lurdes.

Realizam-se anualmente várias manifestações culturais e desportivas, de que se destacam: Festival Internacional de Folclore, Torneio das Vindimas e Grande Prémio de Corta-Mato, organizados, respectivamente, pelo Rancho Folclórico, pelos Bombeiros Voluntários e pela Junta de Freguesia.

Em 20 de Abril de 1943, o P.e Américo Monteiro de Aguiar (Galegos, 23 de Outubro de 1887-Porto, 16 de Julho de 1956) fundou, no velho Mosteiro, uma Casa do Gaiato, sede da Obra da Rua, para rapazes abandonados e sem família. Depois, a Aldeia do Gaiato foi sendo erguida na colina sobranceira ao Mosteiro, a nascente.

A 5 de Março de 1944 fundou o jornal O Gaiato, quinzenário da Obra da Rua. Actualmente, tem uma tiragem superior a 70 000 exemplares e é impresso em offset na Tipografia da Casa do Gaiato.

Em Fevereiro de 1951 iniciou a construção das primeiras casas do Património dos Pobres, em Paço de Sousa. Foram construídas mais de 3500 moradias em Portugal continental, Madeira, Açores, Angola e Moçambique. Actualmente, envereda por pequenos auxílios à autoconstrução.

Em 1956 criou o Calvário, para doentes pobres, incuráveis e abandonados, em Beire, no concelho de Paredes.

O P.e Américo jaz em campa rasa, junto do altar da capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, para onde foi trasladado, do cemitério da freguesia, a 17 de Julho de 1961.

Em 1987, no 1.° centenário do nascimento do P.e Américo, um grande apóstolo da Igreja neste século, iniciou-se formalmente o seu processo de canonização. Foi nomeado postulador da causa, junto da Cúria Diocesana do Porto, D. Gabriel de Sousa, abade emérito de Singeverga.

A Aldeia do Gaiato, em Paço de Sousa, conta actualmente com 17 edifícios: capela; 2 escolas, com salão de festas; bar; campo de jogos e balneário; piscina e respectivo balneário; oficinas-escolas de artes gráficas; carpintaria e serralharia; casal agrícola; hospital; casa-mãe: cozinha, refeitórios, residência das senhoras e dos mais pequenos, acolhimento de visitas, escritório dos sacerdotes responsáveis; 4 casas de habitação para grupos de 30 rapazes, conforme as idades.

A colecção de livros publicados pela Editorial da Casa do Gaiato reúne muitos dos escritos do P." Américo em 11 títulos: Pão dos Pobres (quatro volumes); Obra da Rua; Isto é a Casa do Gaiato (dois volumes); Barredo; Viagens; Ovo de Colombo; Doutrina (três volumes); Cantinho dos Rapazes; Notas da Quinzena; De como Eu Fui...; e Correspondência dos Leitores. O P.e Américo é considerado como um dos maiores escritores da literatura portuguesa do nosso tempo.

Neste século, o maior hisioridado de Paço de Sousa foi o P." José Monteiro de Aguiar (Galegos, 30 de Maio de 1874-São Miguel de Paredes, 8 de Novembro de 1947),

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