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21 DE JANEIRO DE 1992

278-(25)

Quadro 1: Indicadores da evolução económica internacional

 

pe

Oasamprago

milaeâo

 

1969

1990

1991

1889

1990

1991

1989

1990

1991

Paisas ¡nduslnalizados

3.3

2.6

1.3

64

6.2

7

4 4

4 9

4.5

EUA

2.S

1

-0.3

5.3

5.5

68

46

54

4.5

Japão

4.7

5.6

4.5

2.3

2.1

2.1

23

3.1

34

CEE

3.3

28

1.3

8.8

84

88

49

5.2

5

nam

33

4.7

33

55

5 1

3.1

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33

FloinoUnrio

22

08

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7

04

04

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62

84

Fiança

35

2.8

13

9.4

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9.5

35

2.9

3

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32

2

1.1

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64

Esparta

40

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25

17.1

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66

64

58

Paisas am via« da dasemfotvimamo

3.2

1

•0 6

-

-

-

79.9

91

58.7

Euno» da Lasa a URSS

1.9

•3.8

•10.6

-

-

-

31

34.4

115.2

Novos paisas Industrializadas

e.3

67

6.2

-

-

-

5 5

7.4

6 4

Fonca: FMI a Comissão da Comunidada Europaia

Devido às características específicas das diferentes zonas económicas e às interdependências que entre elas se verificam, a actuação dos factores cíclicos e das expectativas menos optimistas geradas pela crise do Golfo está a verificar-se com algum desfasamento temporal e a assumir intensidades relativamente diferenciadas.

Até agora foi apenas nas economias norte-americana e inglesa que o clima económico mais se degradou: a desaceleração do ritmo de crescimento entre 1988 e 1990 foi muito significativa e em 1991 registaram-se quedas efectivas no nfvel da actividade.

lá no que se refere à economia europeia, onde o actual ciclo de crescimento foi especialmente longo face às restantes economias ocidentais, a fase de desaceleração foi bastante mais suave; em 1991 a taxa de crescimento do produto situava-se em cerca de 1 1/4%.

Na economia japonesa só em 1991 surgiram os primeiros indícios de desaceleração do crescimento, o qual, mesmo assim, ainda se situará a níveis bastante elevados, acima de 4,5%.

Com o clima de desaceleração nas diversas economias, não foi possível prosseguir em 1991 os ganhos que se vinham verificando desde meados da década de 80 em termos de redução dos níveis do desemprego. Este deu em 1991 sinais de crescimento, quer nos Estados Unidos quer na Europa Comunitária.

Em contrapartida, a desaceleração do crescimento das economias implicou em 1991 o atenuar de algumas tendências de recrudescimento da inflacção, o que não sucedeu em relação ao Japão onde, devido à sua ainda elevada taxa de crescimento, o ritmo de acréscimo dos preços apresentou alguma aceleração.

70. Durante a década de 80, a Europa comunitária foi, dos três grandes blocos económicos (CEE, EUA e Japão), aquele que apresentou menor crescimento acumulado (27%, face a 33 e 60% dos EUA e Japão respectivamente), não obstante, como se referiu, apresentar a mais longa fase ascendente do ciclo. De facto, desde 1982 a economia europeia não deixou de crescer a taxas sucessivamente crescentes até 1988, embora de nível mais modesto do que as verificadas nos outros dois blocos.

O comportamento das economias dos diferentes países membros no contexto de abrandamento do crescimento económico internacional não foi uniforme. A partir de 1989, o crescimento económico do conjunto do espaço comunitário entrou em desaceleração tendo sido predominantemente afectadas as economias italiana e inglesa.

A evolução muito favorável da economia alemã, devido ao processo da reunificação e consequente aceleração do crescimento da procura interna, em especial do investimento, contribuiu de forma significativa para o comportamento da economia da Europa dos Doze no seu conjunto, retardando o surgimento dos efeitos de recessão.

Contudo, ao longo de 1991, tal contribuição veio a atenuar-se, porque o crescimento da economia alemã entrou em desaceleração, nomeadamente devido às políticas monetária e fiscal adoptadas, para fazer face aos desequilíbrios macroeconómicos emergentes, em especial ao nível do défice público e da inflação.

As restantes economias comunitárias, não obstante terem apresentado alguma sensibilidade ao clima recessivo, mantiveram ritmos de crescimento razoáveis em 1989 e algumas mesmo em

1990.

Só em 1991 se veio a verificar um significativo e generalizado arrefecimento das economias comunitárias.

Nalguns países membros da EFTA o crescimento económico registou também forte desaceleração, tendo o nível do produto caído em alguns deles.

Perspectivas de evolução

71. De um modo geral, as organizações internacionais encaram o ano de 1992 com algum optimismo embora possam admitir comportamentos algo diferenciados para os diferentes espaços económicos.

Quadro 2: Perspectivas de evolução da economia internacional em 1992

 

Variação do PIB

Taxada Oasamprago

Taxada

Inflação

Paisas industrializados

2 3/4

7

3 3/4

EUA

3

81/4

4

Japão

3112

2 114

23/4

CEE

21/4

9

4 1/2

Ajsmart»

21/4

s

4 1/4

AOTOUndD

2

B3T4

41/2

França

21/4

O

3

nifc

2

01/2

51/4

Esponfta

3

151/2

5 1/2

Paisas am via da DasanvoMmanto

3

 

22 3/4

Europa da Lesta a URSS

J

 

21 1/2

Novos paisas industrializados

6

 

5 1/4

Foma: FMI a Comissão da CE

Assim, espera-se que a economia americana inicie definitivamente o processo de recuperação e ultrapasse o clima de desconfiança entre os agentes económicos que tem impedido a retoma, não obstante os vários estímulos verificados, principalmente os relacionados com as baixas taxas de juro.

A retoma tardia da economia americana e o mais fraco crescimento da economia europeia juntamente com o surgimento de algumas pressões inflaccionistas fazem prever que 1992 seja para a economia japonesa um ano de nova desaceleração do ritmo de crescimento, ainda que sem repercussões relevantes ao nível do mercado de trabalho.

Para a Europa comunitária prevê-se uma ligeira recuperação, compatível com a aceleração e aprofundamento dos processos de ajustamento estrutural indispensáveis às economias de vários países membros. Um maior rigor na aplicação das políticas de ajustamento, a conclusão da implementação plena do Mercado Único até finais de 1992 e a aplicação das medidas inerentes à segunda fase da UEM vão continuar a exigir aos países membros a adopção de medidas de política económica de carácter não expansionista, consistentes com um esforço acrescido para a redução dos níveis de inflação e do endividamento público.

A complexidade da situação política na Europa de Leste, em especial na ex-União Soviética, faz antever dificuldades acrescidas para recuperação das suas economias, em especial no caso dos países que se encontram envolvidos em conflitos de luta armada. As economias checa, húngara e polaca, envolvidas em adiantados processos de conversações com a CE para a celebração de acordos especiais de comércio e cooperação, poderão apresentar condições de recuperação económica bastante mais favoráveis.

A incerteza face à evolução política no leste europeu representa também um conjunto de incertezas adicionais a pesar sobre a retoma do clima de confiança, em particular na zona europeia.

Evolução recente da economia portuguesa

72. A generalidade dos indicadores macroeconómicos apontam para uma evolução muito positiva. Após seis anos de rápido crescimento - mais de 4 por cento ao ano em média - a actividade económica começou a abrandar no final de 1990 em consonância com o forte abrandamento do crescimento do produto mundial, mantendo-se no entanto, o diferencial da taxa de crescimento face à média comunitária.