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1505 | II Série A - Número 041 | 18 de Maio de 2000

 

mente destruída de tal modo que do primitivo estilo apenas subsiste parte da arquitrave e do coro.
A Igreja de São João Baptista de Cavês foi outrora anexada ao poderoso Mosteiro de Pombeiro, pelo Arcebispo de Braga.
A Igreja foi visitada pelo grande romancista Camilo Castelo Branco em 1842 e a ela se refere, assim como à Romaria de São Bartolomeu, num dos seus mais famosos romances - Como Ele a Amava (in Monografia de Cabeceiras de Basto, de Victor Cunha).
A Ponte de Cavês, que atravessa o Rio Tâmega, é o único monumento nacional do concelho de Cabeceiras de Basto. Construída em cantaria, possuí junto de si uma nascente de água sulfurosa.
Esta ponte, que divide as províncias do Minho e de Trás-os-Montes, apresenta cinco arcos, tem um comprimento de 95 metros e eleva-se a cerca de 17 metros do leito do rio.
Terá sido edificada no século XIII por Frei Lourenço Mendes e tinha uma inscrição com o seguinte conteúdo: "Esta é a ponte de Cavês. Aqui jaz quem a fez".
Diz a tradição que, aquando da construção da ponte, um dos seus melhores obreiros foi São Lourenço Mendes, ainda que só trabalhasse rezando pela grande virtude e santidade que dele emanava.
Dizem as velhas crónicas que ele ali fez lançar três fontes: uma de vinho, outra de água e outra de azeite, tudo para sustento dos oficiais e enquanto durou a obra (in Monografia de Cabeceiras de Basto).
A fonte sulfurosa que nasce junto da Ponte de Cavês, na margem esquerda do Rio Tâmega, atesta a existência de um hospital para onde vinham os doentes do Hospital de Braga quando precisavam destes banhos, ainda que não restem disso vestígios.
A sua romaria principal é a de São Bartolomeu, outrora conhecida pelas rituais cenas de pancadaria, onde se punham em prática as habilidades largamente ensaiadas no jogo do pau.

Na actualidade

Cavês é a freguesia que delimita o concelho de Cabeceiras de Basto, o distrito de Braga e o próprio Minho.
Possui um território de 26.08 Km2 de área e contínuo.
Dista cerca de 30 Km da cidade de Fafe, que é a cidade mais próxima.
Os aglomerados populacionais mais próximos de si são a Vila do Arco, a cerca de 5 Km, a sede do concelho, que dista cerca de 15 Km, a vila de Ribeira de Pena, que dista cerca de 20 Km, e as vila de Celorico e Mondim de Basto, que distam, respectivamente, cerca de 30 e 25 Km.
Possui uma população de 2119 habitantes, 1636 eleitores, 529 famílias, 831 alojamentos e 824 edifícios.
Para além do lugar do centro, possui ainda os seguintes lugares: Além Ribeiro, Aroso, Banho, Carril, Esturrado, Ferreirinha, Fojo, Malga, Moimenta, Palheiros, Padernelos, Pedral, Ponte de Cavês, Portais, Rabiçais, Reboriça, Ribeiro do Arco, Trofa e Vila Franca.
Cavês é uma freguesia eminentemente rural, dedicando-se, no essencial, à produção de vinho de marca e de gado. Tem ainda uma forte componente de mão-de-obra na área da construção civil e no comércio.
A sua via estruturante principal é a EN 206, que liga o Porto a Vila Pouca de Aguiar.
Tem diversas carreiras diárias ao seu serviço, designadamente de ligação à Vila do Arco de Baúlhe, a Cabeceiras de Basto, Fafe, Braga, Porto e Ribeira de Pena. Tem ainda uma carreira expresso de ligação a Lisboa.
Ao nível de instituições e equipamentos, Cavês está hoje razoavelmente bem servida.
Possui:
- Sede da junta de freguesia;
- Extensão de saúde, com um médico, enfermeira e pessoal administrativo;
- Farmácia;
- Biblioteca;
- Três escolas do ensino básico;
- Jardim de infância e ATL;
- Parque desportivo, com campo de futebol e ringue;
- Boletim informativo;
- Lar de idosos, com 35 camas e apoio domiciliário;
- Posto dos CTT;
- Central da Telecom;
- Cabine telefónica;
- Vários restaurantes;
- Vários mini-mercados e mercearias;
- Um talho;
- Vários cafés;
- Indústrias de transformação de madeiras;
- Produtores de artesanato;
- Posto de abastecimento de combustível;
- Padaria e confeitaria;
- Empresas de construção civil;
- Empresas de terraplanagens;
- Comércios diversos;
- Três táxis;
- Oficinas de reparação de automóveis e ciclomotores;
- Oficina de mármores.
Para além disso, Cavês possuí ainda uma actividade forte na área associativa, com o Grupo Desportivo de Cavês, o Rancho Folclórico "Os Camponeses de Arosa", o Rancho Folclórico "São João Baptista de Cavês", o clube de caça e pesca, a associação de baldios, o conjunto de música popular "Grupo Alma Nova" e, ainda, o Centro Social da Paróquia de Cavês, que ficou com o edifício que pertencia à casa do povo, entretanto extinta, e onde hoje funciona o ATL.
É ainda de salientar que Cavês tem hoje em construção uma praia fluvial, bem como possui várias casas brasonadas, como sejam a Casa do Vale e a Casa da Igreja, que estão direccionadas para o turismo de habitação, e as Casas do Souto, Ponte e Cortinhas.
Possui ainda diversos locais de culto, uma Igreja, três capelas públicas e várias particulares, bem como dois cemitérios.
Ao nível festivo, Cavês tem diversas romarias de nomeada, como sejam a de São Bartolomeu nos dias 23 e 24 de Agosto, a de São João Baptista (Padroeiro) a 24 de Julho, a de Santa Maria Madalena no segundo domingo de Agosto e a de Santa Luzia no terceiro domingo de Dezembro.
Possui dois vinhos rotulados - Casa do Vale e Alma Nova.