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0018 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004

 

Antigamente designada apenas de Vila Franca, o seu topónimo indicava uma vila cujo foral lhe admitia certas isenções fiscais.
A orografia do local leva a induzir-nos que o povoamento de Vila Franca das Naves tenha ocorrido em épocas bastante remotas, crendo-se que o primitivo povoamento tenha tido origem em Castros provavelmente sob o domínio do Castelo de Trancoso.
Aliás, no cimo do cabeço do Alto do Feital, cota 756 m, situado no flanco da serra da Broca, encontram-se ainda bem visíveis os vestígios de um castro pré-romano. Além de lanços de muralha ciclópicos e de amontoados de grandes blocos, definindo os alicerces, encontram-se, também, numerosos restos de casas circulares, características habitações lusitanas desses recuados tempos.
Vila Franca das Naves existia já como povo no século X.
As inquirições de D. Dinis sobre Trancoso e o seu termo referem embora, indirectamente, a existência de Vila Franca das Naves.
Outra referência aparece na doação feita em 1267 por D. Teresa Anes, mulher de D. Mendo Garcia, ao Mosteiro de Salzedas de vários bens que possuía em Vila Franca das Naves.
As possessões de D. Teresa Anes provinham de D. Mendo Garcia de Sousa, da família dos Sousões, que apareceram na região de Trancoso no reinado de D. Sancho II.
A paróquia de Santa Maria de Vila Franca das Naves terá sido instituída no séc. XIV.
O padroado no século XVII era da Igreja de Santiago de Trancoso, sendo Vila Franca das Naves uma filial daquela.
É no séc. XIX, a partir de 1878, que se verifica grande aumento populacional na freguesia de Vila Franca das Naves, devido às obras de construção da linha da Beira Alta.
A linha férrea da Beira Alta foi inaugurada pela família real a 10 de Agosto de 1882, tendo sido entusiasticamente recebidos na estação de Vila Franca das Naves.
A partir de 1882 é formado um novo núcleo populacional na gare ou estação, que tem atingido grande desenvolvimento comercial e industrial, cuja estrutura tem inequivocamente conferido carácter urbano.

3 - Caracterização económica e social

A economia da freguesia assenta no sector primário, dada a sua riqueza agrícola, designadamente no sector vitivinícola, hortícola e frutícola.
Cerca de 60% da população dedica-se à agricultura, sendo a estrutura agrícola caracterizada por médias propriedades de significativa rentabilidade.
A grande produção de vinho encontra escoamento através da Cooperativa Vitivinícola Beira Serra, que está integrada na Zona Demarcada de Pinhel.
A Cooperativa Agrícola Beira Serra produz e engarrafa vinhos de mesa, explorando várias marcas comerciais como "Bandarra", "Vilas Francas", "Altitude", "Picarrão", entre outros.
O sector secundário assume-se, igualmente, como um dos principais pilares da economia local, devido sobretudo às actividades ligadas à agro-indústria, metalomecânica e mobiliário.
As maiores empresas são:
- Confecções (têxtil) - 45 trabalhadores;
- Cooperativa Beira Serra - 34 trabalhadores;
- Torres e Filhos, Lda (mobiliário) - 30 trabalhadores;
- Lacticôa (lacticínios) - 30 trabalhadores;
- Móveis Lourenço (mobiliário) - oito trabalhadores;
- Talhos Madeira (carnes);
- Talhos Figueiredo (carnes);
- Monteiro e Paulos;
- José Francisco Madeira (cimento).
Em Vila Franca das Naves existem duas zonas industriais.
Os mercados e feiras são:
Mercado quinzenal - 2.ª e 4.ª feiras de cada mês;
Feiras anuais: S. José a 19 de Março, S. Pedro a 29 de Junho e S. Martinho a 11 de Novembro.

4 - Património cultural e arquitectónico

- Igreja Matriz;
- Capela de Nossa de Senhora da Boa Esperança.
5 - Instituições e equipamentos