O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

65 | II Série A - Número: 064 | 6 de Março de 2008

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 282/X(3.ª) PELO DESENVOLVIMENTO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO NO DISTRITO DE COIMBRA

O sistema de transportes está intimamente ligado com a situação económica e produtiva de qualquer região, podendo ser um mecanismo potenciador do crescimento económico ou, em situação de desinvestimento, impedir o desenvolvimento de regiões inteiras.
A par de assegurar as deslocações pendulares ou esporádicas das populações permitindo o acesso ao local de trabalho, aos cuidados de saúde, aos estabelecimentos de ensino, os transportes, nomeadamente o ferroviário, tem um papel fundamental na busca de ganhos do ponto de vista ambiental e do bem-estar nos aglomerados urbanos sendo uma forma activa de combate ao congestionamento nas vias de acesso às cidades.
Esta política deve ser coerente em todo o território nacional e nas ligações ao estrangeiro, nunca descurando as deslocações pendulares de trabalhadores, nas relações interurbanas e de transporte de mercadorias.
O distrito de Coimbra tem, segundo dados de 2006, 436 mil habitantes e uma área de 3947 km2. O sistema ferroviário de transportes serve apenas sete dos 17 concelhos do distrito: Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Cantanhede, Figueira da Foz e Soure.
As ligações que mais se destacam no plano distrital são a Linha do Norte que atravessa o distrito de Norte a Sul, o Ramal da Figueira da Foz à Pampilhosa, o Ramal de Alfarelos e o Ramal da Lousã.
O Ramal da Figueira da Foz consiste numa ligação de 50,4 km, desde a estação da Figueira da Foz atravessando entre outras as freguesias de Maiorca, Alhadas e Santana, tendo também paragem na freguesia de Arazede. No concelho de Cantanhede existem apeadeiros nas freguesias de Cadima, Cordinha, Murtede e tendo a sua ligação à rede ferroviária nacional na estação da Pampilhosa.
O percurso deste Ramal abrange freguesias destes dois concelhos onde residem mais de 30 mil habitantes. Tem, por isso, um papel fundamental para as suas populações ao assegurar o acesso à capital do distrito e à Figueira da Foz. Poderia ser também potenciado como uma ligação privilegiada do Porto da Figueira da Foz ao território nacional e a Espanha.
Actualmente só percorrem esta linha três comboios em cada sentido por dia. É assim perceptível a forma desastrosa como tem sido feita a manutenção e preservação deste Ramal que possui possibilidades enormes de desenvolvimento e progresso.
Ainda assim, em 2007 verificaram-se obras de requalificação. Contudo, a electrificação da linha nunca foi feita e a qualidade do serviço permanece má. Foi também prometida pelo Governo uma nova intervenção em 2008 que aconteceria a nível da plataforma, com substituição do balastro, das travessas danificadas e a parte dos carris que estão degradados. Permanece por cumprir a electrificação deste Ramal.
O Ramal de Alfarelos corresponde ao troço ferroviário que liga a Estação de Alfarelos (na Linha do Norte) e a Bifurcação de Lares da linha do Oeste. Este Ramal tem uma extensão de cerca de 10 km.
Este Ramal é um ponto de ligação entre as duas linhas e possibilita a milhares de pessoas, as deslocações pendulares para Coimbra desde os apeadeiros deste Ramal, mas também daqueles situados na Linha do Oeste, inclusive da estação da Figueira da Foz.
O Ramal da Lousã foi inicialmente concebido para chegar a Arganil. Contudo, mais tarde, já era estudada a hipótese de ir até à Covilhã, ligando à linha da Beira Baixa.
A extensão do Ramal da Lousã é de 37 quilómetros, percorrendo o concelho de Coimbra desde Coimbra-B até Ceira entrando depois no concelho de Miranda do Corvo percorrendo desde a estação de Trémoa até próximo do Padrão servindo depois o concelho da Lousã até Serpins.
No total, o Ramal da Lousã é composto por 17 apeadeiros num percurso sinuoso com inclinações exigentes para o material circulante. Em 1992 acabou o transporte de mercadorias prejudicando objectivamente os interesses económicos da região.
Este Ramal regista mais de um milhão de utentes por ano e serve uma região com mais de 50 mil habitantes que conta há mais de um século com este meio de transporte.
A ligação entre Serpins e a estação de Coimbra-Parque é efectuada 17 vezes por dia. A ligação é feita em pouco menos de uma hora.
Outro aspecto fundamental no transporte ferroviário no distrito tem a ver com o Projecto Metro-Mondego.
De acordo com o sítio oficial do Metro Mondego na Internet, o percurso projectado para o interior da malha