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31 | II Série A - Número: 054 | 21 de Dezembro de 2010

Neste município contabilizam-se também nove armazéns agro-pecuários e sete empresas com prejuízos significativos. Identificam-se danos em 309 habitações (reconhecendo que nenhuma ficou totalmente destruída) e estão ainda contabilizadas cerca de 120 viaturas que foram atingidas pelo tornado.
Os prejuízos e a destruição na vila são notórios, com os telhados de muitas habitações danificados, carrinhas e carros virados e com vidros partidos, o telhado da Segurança Social destruído e portas de estabelecimentos comerciais quebradas e montras sem vidros.
No concelho da Sertã os prejuízos ascendem aos 5,7 milhões de euros, segundo cálculos da autarquia.
Com danos em mais de 100 habitações. Metade deste valor diz respeito a uma empresa na zona industrial da vila, que foi atingida juntamente com as freguesias de Palhais e Troviscal.
As instalações da empresa ‗Resicorreia‘ ficaram completamente destruídas, embora sem registo de feridos, estimando-se que os prejuízos se aproximam dos três milhões de euros. Dado que não havia seguro para este tipo de riscos meteorológicos, teme-se pelo emprego das 10 pessoas que aí laboram e mais algumas dezenas que, de forma indirecta, subsistem da empresa.
A violência do tornado fez com que pedaços da estrutura do edifício da ‗Resicorreia‘, que faz recolha e gestão de resíduos e reciclagem de óleos usados, voassem até ao IC8.
Na vila da Sertã o tornado provocou danos em 101 habitações. Na freguesia de Palhais danos em 51, na freguesia da Sertã 45, e na freguesia do Troviscal 5. Vale Porco, a cerca de sete quilómetros a norte da vila da Sertã, foi a zona mais fustigada, com 18 casas danificadas.
No balanço imediato e conjunto, ficam cerca de 40 vítimas, 19 das quais crianças, localizadas sobretudo em Tomar, com particular gravidade para duas delas, não havendo felizmente mais danos pessoais significativos a registar em Ferreira do Zêzere e Sertã.
Poucas horas após o tornado mantinha-se a urgência na recuperação do fornecimento de energia eléctrica aos concelhos de Ferreira do Zêzere, Tomar e Sertã. Na verdade, o vento forte que soprou ao início da tarde de terça-feira – que o Instituto de Meteorologia admitiu ser um tornado – derrubou uma torre da Redes Energéticas Nacionais (REN) e com ela os condutores que suportava que, por efeito dominó, fizeram tombar a linha que alimenta a subestação da Sertã.
Também a Subestação de Venda Nova (perto de Tomar) teve que ser colocada fora de serviço para que fosse possível retirar uma chapa metálica que colocava em perigo a instalação. De registar que várias árvores arremessadas pelo vento forte atingiram pelo menos três linhas de alta tensão e seis de média tensão da EDP Distribuição.
No balanço contabilístico ficam as contas do Governo que apontam para valores na ordem dos 15 milhões de euros. Para a posteridade política fica a afirmação do Ministro da Administração Interna: «Isto é mesmo, literalmente, o diabo à solta".
Passadas as primeiras horas, chegava o momento da solidariedade espontânea, da generosidade das populações e do voluntariado anónimo para ajudar a resolver as situações críticas, sobretudo as relacionadas com as habitações mais devastadas.
As autarquias mobilizavam os seus meios e activavam os planos de actuação da Protecção Civil. A EDP e as operadoras de telecomunicações restabeleciam gradualmente os seus sinais e as Companhias de Seguros começavam a surgir no terreno, com equipas de peritos, para apurar indemnizações.
Logo a 9 de Dezembro, o Governo, através do Ministério da Administração Interna, informa que foi decidido ―accionar a Conta de Emergência, aberta junto do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público e titulada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, para fazer frente a situações de catástrofe ou calamidade‖ e que esta ―será reforçada com o montante que se revele necessário á cobertura das despesas elegíveis‖.
A conta destina-se a minorar os problemas sociais, designadamente através do apoio à recuperação de danos em habitações, quando os mesmos não se encontrem cobertos por seguros e os sinistrados não tenham capacidade para, pelos seus próprios meios, superar o problema.
Ficou ainda decidido que o Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, através do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), apoiará a reabilitação de habitações com danos graves, nomeadamente de natureza estrutural.