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SUMÁRIO EXECUTIVO

Contexto económico

Em 2012, a economia mundial registou um crescimento de 3,2% (4% em 2011). A desaceleração

da atividade económica estendeu-se à generalidade das regiões, com destaque para um baixo

crescimento das economias avançadas, em torno de 1%, devido ao enfraquecimento da economia

europeia, especialmente da área do euro e um menor dinamismo dos países emergentes e em

desenvolvimento, onde o PIB desacelerou para cerca de 5,1% (6,4% em 2011).

Quanto ao contexto mais específico em que Portugal está inserido, assistiu-se a um

enfraquecimento da atividade económica da União Europeia, tendo o PIB registado uma ligeira

diminuição de 0,3% (+1,6% em 2011).

No que respeita à economia portuguesa, o ano de 2012 caracterizou-se por uma quebra da

atividade económica, com o PIB a diminuir 3,2% em termos reais (-1,6% em 2011).

Para este comportamento concorreu uma contração de todas as componentes da procura

interna, com um contributo negativo de 7 p.p. para o crescimento do PIB (-6,3 p.p. no ano anterior),

fruto da redução acentuada do investimento (-14,5% em 2012, face a -10,7% no ano precedente) e

da diminuição do consumo final das famílias em 5,6% (-3,8% em 2011). O consumo público registou

uma variação de -4,4%, que compara com -4,3% em 2011.

Finanças Públicas

As Finanças Públicas em 2012 continuam a refletir a execução do Programa de Ajustamento

Económico e Financeiro (PAEF), acordado com a Comissão Europeia (CE), o Fundo Monetário

Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE). O défice das Administrações Públicas (AP), na

ótica da contabilidade nacional, situou-se nos 6,4% do PIB, mais 2 p.p. do que em 2011. No entanto,

considerando o mesmo tratamento estatístico das operações que o subjacente ao acordado no

âmbito do PAEF, o saldo orçamental, em 2012, cifrou-se em -4,7% do PIB, cumprindo assim o limite

definido (-5,0% do PIB).

A evolução do défice orçamental reflete, comparativamente a 2011, a diminuição da receita em

4 p.p. e da despesa em 2 p.p., com a despesa primária a registar uma redução de 2,3 p.p.,

representando uma diminuição de 8,3% face ao ano anterior. O acréscimo da despesa com juros

(0,3 p.p. do PIB) reflete, essencialmente, o aumento do nível de endividamento público.

Em 2012, a dívida pública aumentou o seu peso no PIB em 15,3 p.p., atingindo 123,6%. Para esta

evolução contribuiu o diferencial de crescimento da taxa de juro implícita na dívida e o crescimento

nominal do PIB, o designado efeito dinâmico (8,1 p.p.), os ajustamentos défice-dívida (5,2 p.p.) e, em

menor grau, o défice primário (2 p.p.).

8 DE JULHO DE 2013____________________________________________________________________________________________________________

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