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110 | II Série A - Número: 019S1 | 2 de Novembro de 2013

Apesar dos constrangimentos do mercado comunitário e as tensões nos mercados emergentes, as exportações de bens e serviços aceleraram no segundo trimestre de 2013, crescendo 7,3% em termos homólogos, assentes em ganhos de quotas de mercado. Também se assistiu a uma quebra homóloga bastante inferior à do primeiro trimestre no consumo privado e no investimento.
Mercado de trabalho: desde maio de 2011, o mercado de trabalho tem sido caracterizado por um aumento do desemprego, decorrente do ajustamento estrutural da economia. No entanto, os resultados para o segundo trimestre de 2013 revelam uma descida em cadeia da taxa de desemprego de 1,3 p.p., para 16,4% (fruto da descida do número de desempregados). Em termos homólogos, a taxa de desemprego subiu 1,4 p.p. devido à redução da população ativa e ao aumento da população desempregada. No que diz respeito ao desemprego de longa duração, a taxa situou-se em 10,2% no segundo trimestre de 2013, abaixo do valor do trimestre anterior (em 0,2 p.p.), mas acima do registado no período homólogo (em 2,2 p.p.). Quanto ao desemprego jovem, a taxa atingiu 37,1% no segundo trimestre de 2013, menos 5 p.p. do que trimestre anterior e mais 1,6 p.p. que no período homólogo.
Preços: A taxa de variação homóloga do IPC situou-se em 0,3% no terceiro trimestre de 2013, menos 2,6 p.p. que no período homólogo. Durante os primeiros três trimestres de 2013, o IHPC cresceu a um ritmo inferior ao verificado nos países da área do euro. A taxa de inflação média em 2013, medida pelo IPC, deverá situar-se em 0,6%, num contexto de fraca dinâmica da procura interna. Esta diminuição da taxa de inflação média reflete o esbatimento dos efeitos base do aumento da tributação e dos preços regulados, forte em 2011 e 2012 mas marginal em 2013.
Produtividade e competitividade: após um crescimento homólogo positivo de 1,1% da produtividade do trabalho em 2012, verificaram-se novos ganhos no primeiro semestre de 2013, refletindo uma redução do PIB menos significativa do que a do emprego. Os custos do trabalho por unidade produzida registaram uma variação de 2,4% no primeiro semestre de 2013 em termos homólogos, explicada por um aumento de 3,4% das remunerações nominais por trabalhador remunerado, o qual foi parcialmente compensado pelo crescimento da produtividade em 1%, medida pelo PIB real por unidade de trabalho. No entanto, esta evolução reflete igualmente pagamentos por duodécimos do sector público e privado em 2013. No primeiro semestre de 2013, verificou-se ainda uma melhoria dos termos de troca no mercado de bens, que, ao coincidir com o ganho de quotas de mercado por parte das exportações, indicia uma subida na cadeia de valor da produção nacional.
Contas Externas: durante o primeiro semestre de 2013, as exportações portuguesas de bens e serviços cresceram a um ritmo superior ao verificado no semestre anterior (4,0% e 0,8%, respetivamente), não obstante a procura externa dirigida à economia portuguesa ter registado uma variação negativa (apesar de mais contida que no segundo semestre de 2012).
Esta evolução refletiu-se no desempenho da balança comercial, onde a balança de serviços tem vindo a reforçar continuadamente o seu excedente, e a componente de bens registou um ajustamento positivo assinalável. Assim, no primeiro semestre de 2013, o saldo da balança de serviços alcançou um excedente de €3,8 mil milhões, superior em €0,5 mil milhões ao registado em igual período de 2012. Comparando com o segundo semestre de 2012, o crescimento foi de 13,9%. O contributo mais relevante para esta melhoria foi o da componente de viagens e turismo (6,1 p.p.), seguido pelos transportes (3,0 p.p.). O processo de ajustamento da economia portuguesa foi particularmente forte na redução do défice da balança de bens. No primeiro semestre de 2013, a balança de bens registou um saldo negativo de €1,2 mil milhões, 22,9% inferior ao de igual período em 2013.
Balança de Pagamentos: a partir de 2008 – ano em que as necessidades líquidas de financiamento da economia portuguesa atingiram o valor mais elevado desde 1995 (11,4% do PIB) – e sobretudo a partir de 2011, assistiu-se a uma melhoria substancial do saldo conjunto da balança corrente e de capital. Após um défice de 5,6% em 2011, verificou-se, em 2012, um excedente de 0,2% do PIB. Já no primeiro semestre de 2013, registou-se um saldo positivo equivalente a 1,6% do PIB.
À exceção da balança de capital, todas as restantes balanças contribuíram para a evolução favorável das contas externas n o primeiro semestre de 2013. No entanto, é de notar o contributo especialmente positivo proveniente da evolução do saldo das balanças de bens e de serviços e da balança de rendimentos. Outro indicador relevante para a avaliação da sustentabilidade das responsabilidades financeiras externas da economia portuguesa é a posição de investimento internacional. Após as melhorias registadas entre 2010 e