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16 | II Série A - Número: 105 | 30 de Abril de 2014

Gráfico I.1. Contributos para o Crescimento do PIB (p.p.) Gráfico I.2. Decomposição da Procura Interna (taxa de variação, %) -8.0
-6.0
-4.0
-2.0
0.0
2.0
4.0
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2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PIB Procura Interna Procura Externa Líquida -20.0
-15.0
-10.0
-5.0
0.0
5.0
10.0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Procura Interna Consumo Público Consumo Privado FBCF Fontes: INE e Ministério das Finanças. Fontes: INE e Ministério das Finanças.
Relativamente ao consumo privado, reflexo do forte ajustamento dos últimos três anos, bem como de uma evolução mais favorável do mercado de trabalho, prevê-se um crescimento de 0,7% em 2014. A partir de 2014, o consumo privado manter-se-á com taxas de crescimento idênticas, por força da manutenção do ajustamento que é esperado por parte das famílias num contexto de moderado crescimento do rendimento disponível (em torno dos 0,8%).
Por sua vez, prevê-se que o consumo público registe uma contração de cerca de 1,6% em 2014 e de 1,5% em 2015. Atendendo às metas orçamentais estabelecidas, deverá manter-se negativo no horizonte de previsão.
Relativamente ao investimento, prevê-se um crescimento de 3,3% da formação bruta de capital fixo em 2014 (-6,6% no ano transato), refletindo condições menos restritivas de financiamento do sector privado e um enquadramento legal mais favorável, juntamente com a reorientação da capacidade produtiva para o sector transacionável. De facto, o acesso da República Portuguesa ao financiamento externo a taxas de juro mais baixas permite que as grandes empresas possam também aceder ao mercado de crédito internacional com condições financeiras mais favoráveis. Por outro lado, o Governo tem criado instrumentos que permitem às PME aceder a condições de financiamento mais favoráveis, do qual é exemplo a criação da Instituição Financeira de Desenvolvimento. Para o período subsequente prevê-se uma aceleração dos níveis de investimento, com taxas de crescimento de 3,8% no ano de 2015 e atingindo um crescimento médio homólogo de 4,0% entre 2016 e 2018.
As exportações de bens e serviços deverão continuar a apresentar um comportamento positivo com um crescimento de 5,7% em 2014, valor que representa uma ligeira redução face a 2013, mas que pressupõe a manutenção de ganhos de quota de mercado relevantes. Para o ano de 2015 e seguintes, prevê-se a manutenção de taxas de crescimento das exportações em torno dos 5%, beneficiando da evolução prevista para a procura externa dirigida à economia portuguesa, em especial por parte dos países comunitários.
A continuação do bom desempenho das exportações, associada ao crescimento moderado das importações, permite antever uma evolução favorável para a capacidade de financiamento da economia portuguesa, mantendo-se um perfil excedentário. De salientar o notável ajustamento externo registado, com as necessidades de financiamento da economia portuguesa a passarem de 9% do PIB em 2010, para uma capacidade de financiamento face ao exterior de 2,0% do PIB em 2013. É também importante notar que, excluindo o saldo dos bens energéticos, este excedente teria alcançado os 5,7% do PIB, o que contrasta com o saldo de -5,6% observado no ano de 2010 para o mesmo agregado.