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11 | II Série A - Número: 105 | 30 de Abril de 2014

se, no entanto, uma desaceleração particularmente significativa no crédito ao consumo e às empresas não financeiras. Em relação à materialização do risco de crédito para a habitação, o peso dos empréstimos de cobrança duvidosa tem-se mantido relativamente estável, continuando a apresentar níveis de incumprimento contidos, situando-se em 2,3% em janeiro de 2014. Para tal tem contribuído o nível relativamente baixo das taxas de juro, evitando subidas significativas na prestação média nos contratos deste segmento. Após uma evolução no sentido descendente das taxas de juro do crédito concedido entre 2012 e meados de 2013, estas têm permanecido relativamente estáveis no período mais recente. Em janeiro de 2014, a taxa de juro média situou-se em 1,5% para o crédito à habitação; 4,4% para os empréstimos concedidos às empresas não financeiras e 8,4% para os empréstimos concedidos ao consumo e outros fins.

Gráfico I.1.2.3. Taxa de Juro de Empréstimos em Portugal (valores médios, fim de período, em %) Gráfico I.1.2.4. Spread das Taxas de Juro de Empréstimos a Sociedades não Financeiras (p.p.) 1,0
2,0
3,0
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4
Habitação Consumo e outros fins Empresas 3,98
2,0
2,5
3,0
3,5
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4,5
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3
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n14 Fonte: Banco de Portugal.
Nota: O spread resulta da diferença entre taxa de juro de empréstimos e Euribor a 6 meses. A par de uma relativa estabilização das taxas dos empréstimos (saldos em fim de período), as taxas respeitantes aos novos empréstimos concedidos às empresas não financeiras têm permanecido acima da média da área do euro, devido à ocorrência em simultâneo de vários fatores: i) o ajustamento na economia portuguesa refletiu-se na situação financeira de muitas empresas, na qualidade do crédito e no aumento significativo da perceção de risco por parte dos bancos; ii) o balanço dos bancos portugueses continuou a ser afetado pelos efeitos de operações conduzidas no passado, tanto do lado do ativo como do passivo, as quais contribuíram para que o custo de financiamento permanecesse elevado face à rendibilidade dos ativos geradores de juros, i.e. as taxas de juro dos depósitos permaneceram elevadas durante vários anos, enquanto as taxas de juro dos empréstimos (para aquisição de habitação, por exemplo) concedidos antes do início da crise financeira situam-se a níveis inferiores ao custo de financiamento atual dos bancos, contribuindo negativamente para a sua atual margem financeira); iii) os bancos que tiveram de recorrer a ajudas do Estado para efeitos de capitalização aumentaram os seus custos de financiamento; o elevado spread aplicado aos novos empréstimos das sociedades não financeiras contribuiu, de certa forma, para atenuar a baixa rendibilidade proveniente dos empréstimos anteriormente concedidos à habitação; iv) a diminuição acentuada dos empréstimos concedidos pelos bancos não residentes, conduzindo a uma potencial diminuição do poder negocial das empresas junto dos bancos residentes; v) os ainda limitados efeitos e impactos das decisões sobre a União Bancária, na