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9 | II Série A - Número: 105 | 30 de Abril de 2014

condições de financiamento entre os países desta zona2. Por outro lado, nos Estados Unidos, apesar do acordo político alcançado em torno da alteração do tecto da dívida pública, a redução gradual dos estímulos monetários por parte da Reserva Federal (“tapering of quantitative easing”) pode aumentar as incertezas dos movimentos dos fluxos financeiros.
Para os anos de 2014 e 2015, a CE prevê uma recuperação na União Europeia (U.E.), permanecendo, porém, com evoluções bastante distintas entre os Estados membros (mais forte nos países bálticos, Reino Unido, Suécia e Polónia, e mais fraco nos países do sul da área do euro). Para o aumento da atividade económica da área do euro contribui uma melhoria da procura externa em linha com o fortalecimento da recuperação mundial e uma recuperação gradual da procura interna. Porém, o prosseguimento do processo de desalavancagem dos agentes económicos (em alguns países da UE) que se encontram altamente endividados, deve contribuir ainda para a debilidade da atividade económica com impacto na fragilidade do mercado de trabalho, cuja taxa de desemprego se deverá manter elevada (em torno dos 12% no horizonte de previsão). O preço do petróleo deverá, em 2014 e 2015, situar-se, em média, em cerca de 104,2 USD/bbl (75 €/bbl), prosseguindo a trajetória descendente registada em 2013. No caso dos preços das matérias-primas não energéticas, as projeções da CE preveem uma quebra de 1,6% em 2014, a qual se configura menos acentuada do que a registada em 2013, devido à recuperação dos preços dos produtos agrícolas não alimentares e dos metais. Porém, a evolução global dos preços das matérias-primas encontra-se atualmente envolta em grande incerteza tendo em conta as tensões geopolíticas em alguns países do Médio Oriente, Norte de Africa e Leste da Europa. Quanto à inflação, as previsões do FMI apontam para uma ligeira aceleração na generalidade das economias avançadas, para se situar próximo de 1,8% em 2014/15 (1,4% em 2013) enquanto para o conjunto dos países emergentes deve diminuir para 5,5%, em média, nesses dois anos, embora se situe em níveis elevados em alguns países da América Latina, na Índia e na Rússia. Para a área do euro, a taxa de inflação média deve abrandar para cerca de 1%, em média, em 2014/15 (1,4% em 2013), e situar-se a um nível relativamente baixo durante um período prolongado, devido, em parte, à descida dos preços das matérias-primas e à apreciação da taxa de câmbio do euro. Não se perspetiva, contudo, risco de deflação. Para os EUA, as projeções apontam para um aumento da inflação para 1,6% e 1,9% em 2014 e 2015, respetivamente (1,5% em 2013). I.1.2. Mercados Financeiros em Portugal Em linha com as exigências da supervisão e do novo regime prudencial do sector bancário decorrente das regras de Basileia III sobre a estrutura de capital dos bancos e rácios de solvabilidade, e, com a necessidade de ajustamento dos balanços das empresas não financeiras e famílias, o crédito concedido ao sector privado continuou a registar variações negativas em todos os segmentos ao longo de 2013. 2 Neste aspeto houve uma melhoria significativa para os países mais periféricos da área do euro, mais afetados pela crise das dívidas soberanas, tendo-se assistido a uma redução do diferencial de rendibilidade das taxas de juro de longo prazo desses países face à Alemanha, apesar de esta redução ainda não se ter transmitido nas taxas de juro dos novos empréstimos às famílias e empresas.