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41 | II Série A - Número: 015 | 10 de Outubro de 2014

parar  a  gravíssima  descida  do  número  de  nascimentos  e  para,  lentamente,  
conseguirmos  inverter  esta  tendência;  
-­‐   estamos  certos  de  que  um  visão  estratégica  do  futuro  de  Portugal  implica  
atribuir   uma   prioridade   política   clara   à   promoção   da   Natalidade,   pelo  
tempo  continuado  de  20  anos  (cinco  legislaturas),  pois  pelo  atual  caminho  o  
país   é   insustentável   dentro   de   muito   poucos   anos,   o   que   pressupõe   um  
compromisso  mínimo  e  estável  entre  os  principais  protagonistas  políticos  e  
sociais.  
 
Ou  seja,  a  Comissão  termina  o  seu  trabalho  com  confiança  e  com  esperança.  
Fomos  e  somos  um  povo  extraordinário,  capaz  de  recuperar  atrasos  históricos  e  
provocar  e  acomodar  melhorias  socioculturais  em  intervalos  históricos  curtos,  de  
vinte-­‐trinta  anos.  Também  o  podemos  fazer  com  a  paragem  da  descida  e  com  a  
lenta   inversão   desta   tendência   demográfica,   se   criarmos   um   Portugal   amigo   das  
crianças,  das  famílias  e  da  natalidade,  num  horizonte  de  vinte  anos  (2015-­‐2035),  
começando  já  hoje  e  com  o  apoio  do  novo  Quadro  Comunitário  de  Apoio/Acordo  
de  Parceria.    
Se  é  verdade  que  é  preciso  que  os  principais  órgãos  de  soberania  e  os  partidos  
políticos  tomem  consciência  da  gravidade  da  situação  presente  e  atuem  desde  já,  
também   deixamos   aqui   um   apelo   às   instituições   sociais   que   podem   favorecer   o  
apoio  às  crianças  e  às  famílias  para  que  atuem  o  mais  concertadamente  possível  e  
que   desde   já,   antes   que   a   situação   piore,   assumam   compromissos   concretos,  
pequenos  e  possíveis.  Temos  de  incentivar  uma  cultura  que  ponha  as  crianças  em  
primeiro  lugar  em  termos  de  prioridade,  uma  cultura  pró-­‐família  e  pró-­‐natalidade,  
pois   é   nesse   quadro   que   é   possível,   em   cooperação   intergeracional,   aumentar   a  
natalidade.    
A  vida  é  o  maior  bem  que  possuímos  e  é  um  precioso  bem  que  podemos,  em  
geral,  retribuir,  pois  os  filhos  que  possamos  ter  são  uma  vida  nova  para  o  mundo  e  
são-­‐no   também   para   os   nossos   pais.   Sem   vida   e   sem   crianças,   não   pode   haver  
crescimento  económico,  o  país  empobrece  definitivamente,  definha,  desaparece  a  
alegria  das  nossas  casas  e  das  nossas  praças,  e  instala-­‐se  um  clima  de  desesperança  
endémica  e  doentia.