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42 | II Série A - Número: 015 | 10 de Outubro de 2014

Cada   criança   que   nasce   e   que   é   bem   acolhida   concorre   também   para   os  
objectivos  da  sustentabilidade  social  e  diretamente  para  o  crescimento  económico.  
E   o   Estado   Social,   que   tanto   apregoamos   na   Europa   e   que   significou   um  
investimento  de  muitas  gerações  na  melhoria  da  qualidade  de  vida  para  todos  os  
cidadãos,   em   mais   equidade   e   justiça,   torna-­‐se   totalmente   insustentável,   se  
continuar  a  descer  o  número  de  nascimentos,  ou  seja,  se  tudo  continuar  como  até  
aqui,  se  não  mudarmos  de  rumo.  É  uma  inviabilidade  prática,  que  fica  aquém  de  
quaisquer  discussões  ideológicas.  Se  os  portugueses  manifestam  o  desejo  de  ter  o  
dobro  dos  filhos  que  estão  a  ter,  porque  esperamos  mais  tempo  por  ter  uma  política  
pública  de  promoção  da  natalidade,  que  se  traduza  sobretudo  pela  remoção  dos  
obstáculos  à  natalidade  já  identificados  pelas  famílias?    
Aumentar  a  Natalidade  é  também  um  sinal  de  esperança  na  possibilidade  de  
um  futuro  melhor.  Apelamos  a  que  se  debata  amplamente  esta  problemática,  em  
todo  o  espaço  público,  com  toda  a  divergência  de  pontos  de  vista  em  cima  da  mesa,  
procurando  estabelecer  pontes  concretas  e  compromissos  inequívocos  em  prol  da  
promoção  de  um  país  Amigo  das  Crianças,  da  Família  e  da  Natalidade.  
Esta  Comissão  entende  que,  apesar  da  crise  económica  que  Portugal  atravessa,  
há  prioridades  que  urge  estabelecer.  Preocupados  com  os  problemas  de  curto  prazo,  
não  podemos  esquecer  o  facto  concreto  que  nos  diz,  desde  já,  que  o  Portugal  que  
construímos  até  hoje  poder  ser  inviável  já  amanhã.  
 
 
Algumas  opções  de  método:  
1.  Esta  Comissão  não  fez  previsões  sobre  o  impacto  financeiro  total  e  preciso  
das  medidas  que  propõe;  essa  é  a  tarefa  dos  governos  e  da  administração  pública  
que  detém  os  dados  necessários  para  tal,  que  nem  sequer  são  do  domínio  público,  
em  muitos  casos.  
2.  Esta  Comissão  não  ordenou  cronologicamente  a  aplicação  das  medidas;  esta  
orientação  fica  ao  critério  da  decisão  política  em  cada  momento,  sempre  dentro  de  
um  quadro  estável  de  evolução  em  direção  a  um  rumo  determinado  e  dialogado  
com  o  conjunto  da  sociedade  e  das  organizações  sociais,  económicas    e  políticas.