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II SÉRIE-A — NÚMERO 159 18

VI. Apreciação das consequências da aprovação e dos previsíveis encargos com a sua aplicação

Em caso de aprovação, a iniciativa deverá ter custos para o Orçamento do Estado, uma vez que visa

aumentar a duração e os montantes do subsídio de desemprego e do subsídio social de desemprego.

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PROJETO DE LEI N.º 1025/XII (4.ª)

CRIAÇÃO DA FREGUESIA DE ALQUEVA, NO CONCELHO DE PORTEL, DISTRITO DE ÉVORA

A freguesia de Alqueva, pertencente ao Concelho de Portel, tem uma área territorial de 7899.02 hectares.

O seu orago é S. Lourenço.

Dista dezanove quilómetros da sede do Concelho e onze quilómetros da sede da União das Freguesias de

Amieira e Alqueva.

Freguesia que deu o nome ao maior lago artificial da Europa-A barragem de Alqueva- persiste em manter a

sua forte identidade cultural recuperando a sua Freguesia cuja origem se perde na imensidão do tempo.

Julga-se, pela proximidade que tem com Marmelar, que as suas origens remontam aos visigodos.

O seu topónimo Alqueva, de" alqueive", foi-lhe atribuído pelos árabes, atendendo às características

geológicas do solo.

Em 1226, no tempo de D. Afonso III, surgem as primeiras referências a este povoado, no documento de

cessão do território de Portel a D. João de Aboim.

Em 1285, o segundo documento deste cariz já refere a paróquia de S. Lourenço.

Em 1758, em " Memória Paroquial da Freguesia de Alqueva", a freguesia de Alqueva é referida como

pertencendo ao Arcebispado de Évora e à Comarca de "Villa Viçoza".

Desde datas imemoriais até aos nossos dias, assumiu-se a Freguesia de Alqueva como entidade individual,

com identidade própria, cujo nome por via da barragem, está e estará indelevelmente ligado ao país e ao mundo.

A população de Alqueva é, neste momento, de cerca de 300 pessoas, na sua maioria idosos e

desempregados.

As sucessivas políticas de desertificação do Alentejo a isso conduziram. No entanto, os alquevenses mantêm

a esperança que a barragem e as herdades circundantes contribuam para a produção de riqueza e trabalho,

contrariando, assim, a marcha da desertificação em curso.

Mantem esta Freguesia um património, material e imaterial invejável.

A Igreja Matriz, cuja origem se perde no tempo, é anterior a 1534, ano em que recebeu obras de restauro por

altura de visita régia, foi reconstruída depois do terramoto, mantendo a pia baptismal da época de 1530.

A Ermida de S. António, situada no ponto mais alto da aldeia, julga-se, construída no século XXVII, constitui

local privilegiado de romagem e devoção.

Existem, ainda, na freguesia, vestígios de sepulturas megalíticas, um lagar velho, um marco geodésico e as

pocilgas dos Baraqueiros, bem como o Outeiro dos Castelos, onde foi implantada a barragem, e outros locais

com interesse turístico.

O património imaterial, em fase de recolha e divulgação, fazendo "jus" à tradição alentejana, afirma a sua

identidade própria através da manutenção de eventos ancestrais.

Destacamos as Festas Tradicionais de Outubro, em honra de S. Lourenço, S. António e Santíssimo

Sacramento.

Merecem referência as aleluias, arruadas com chocalhos realizadas pelas crianças, no sábado de Aleluia.

Os mastros, a pinha e as touradas são eventos tradicionais a preservar.

A poesia popular e a gastronomia fazem parte integrante do nosso património.