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II SÉRIE-A — NÚMERO 14 260______________________________________________________________________________________________________________

2 PREVISÕES DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Cenário Macroeconómico subjacente à Proposta de Orçamento do Estado para 2017

A POE/2017 antevê um crescimento moderado da economia nacional no horizonte de

projeção, implicando uma revisão em baixa face às previsões apresentadas anteriormente.

No atual cenário, o MF prevê uma desaceleração do crescimento do PIB em 2016, passando de

uma variação real de 1,6% em 2015 para 1,2%. A procura interna mantém um contributo positivo

em 2016, embora significativamente inferior ao observado no ano anterior (passando de 2,6 p.p.

em 2015 para 1,3 p.p.). Para esta evolução, contribui o abrandamento do consumo privado (de

2,6% para 2,0%) e do consumo público (de 0,8% para 0,6%), bem como a redução do investimento

(de 4,5% para -0,7%). Por sua vez, antecipa-se um contributo negativo das exportações líquidas

(-0,1 p.p.), após o contributo negativo mais acentuado verificado em 2015 (-1,0 p.p.), prevendo-se

um abrandamento das exportações (de 6,1% para 3,1%) de menor magnitude que o das

importações (de 8,2% para 3,2%).

O MF prevê que a economia acelere em 2017, estimando um crescimento do PIB real de 1,5%.

É esperadoque a procura interna apresente um contributo positivo (1,3 p.p.) idêntico ao previsto

para 2016, mas com uma diferente composição. O abrandamento do consumo privado (para 1,5%),

e a forte quebra do consumo público (para -1,2%) são compensados pela recuperação da trajetória

de crescimento da FBCF, prevendo-se que apresente uma variação de 3,1%. Antecipa-se que a

procura externa registe um contributo positivo ténue (0,2 p.p.) para a variação do PIB em 2017,

perspetivando-se que as exportações apresentem uma aceleração mais intensa que as

importações, registando variações de 4,2% e 3,6%, respetivamente.

Relativamente aos preços, o MF espera uma desaceleração ligeira do deflator do PIB em 2016

(de 2,1% em 2015 para 2,0%), seguida de um abrandamento em 2017 (para 1,5%). Esta

evolução resulta da conjugação de vários contributos. O deflator do consumo público acelera

significativamente em 2016 (passando de 0,6% em 2015 para 2,1%) influenciado pelo efeito da

reversão das reduções salariais e pela diminuição do horário de trabalho nas Administrações

Públicas e abranda de forma acentuada no ano seguinte (para 0,9%). O deflator do consumo

privado deverá apresentar uma evolução coerente com a prevista para o Índice Harmonizado de

Preços no Consumidor (IHPC), acelerando progressivamente no horizonte de previsão considerado

e registando aumentos estimados de 1,0% em 2016 e 1,5% em 2017. É também previsto pelo MF

que o deflator das importações apresente uma redução expressiva em 2016 (-3,8%, face a -4,3%

em 2015), acelerando em 2017 (0,3%), com impacto significativo na estimativa do deflator do PIB.

O MF estima que o PIB apresente variações nominais de 3,2% em 2016 e 3,0% em 2017. Em

2016, prevê que o abrandamento do PIB em termos reais (0,4 p.p.) seja acompanhado pela ligeira

desaceleração do deflator (0,1 p.p.), resultando numa variação da taxa de crescimento do PIB

nominal de -0,5 p.p.. Pelo contrário, para 2017 antecipa que o PIB real apresente uma aceleração

(0,3 p.p.) de menor magnitude relativa que a desaceleração do deflator (0,5 p.p.), resultando no

abrandamento previsto para o crescimento do PIB nominal de 0,2 p.p..

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