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II SÉRIE-A — NÚMERO 14 262______________________________________________________________________________________________________________

As hipóteses externas assumidas para a economia portuguesa têm um impacto positivo no

cenário macroeconómico estimado para 2017. A procura externa considerada abranda 1,2 p.p.

em 2016, para um crescimento de 2,4%, estimando-se uma aceleração de 1,8 p.p. para o ano

seguinte (4,2%). Assume-se que a taxa de juro de curto prazo (Euribor a três meses) se manterá

negativa no período em análise, fixando-se em -0,3% em 2016 e -0,4% em 2017. A taxa de câmbio

do euro face ao dólar permanece inalterada ao longo do horizonte de projeção. Perspetiva-se

ainda uma redução do preço do petróleo nos mercados internacionais em 2016 (para 44,4 USD/barril) e um aumento em 2017 (para 51,3 USD/barril).

Conciliação com previsões anteriores

Nesta secção compara-se o cenário apresentado na POE/2017 com as previsões anteriores do MF,

nomeadamente as subjacentes ao PE/2016-2020 e ao OE/2016.

Para 2016, o MF antecipa um crescimento do PIB real (1,2%) inferior ao do cenário

apresentado no PE/2016-2020 e no OE/2016 (em -0,6 p.p.) (Gráfico 1). Esta revisão em baixa

deve-se em larga medida à correção da trajetória do investimento (FBCF), que passa de uma

variação de 4,9% nos dois exercícios anteriores para uma redução de 0,7% na presente estimativa.

O crescimento previsto para o consumo privado (2,0%) e para as exportações (3,1%) também é

revisto em baixa no cenário atual (respetivamente em -0,4 p.p. e -1,2 p.p. face ao PE/2016-2020 e

ao OE/2016). Estes contributos negativos são parcialmente compensados pela revisão em baixa da

variação das importações (-2,3 p.p. face aos dois exercícios precedentes). Desta forma, a atual

projeção antecipa um contributo positivo da procura interna para a variação do PIB menos

expressivo que o anteriormente previsto (1,3 p.p. comparando com 2,4 p.p. no PE/2016-2020 e

com 2,2 p.p. no OE/2016), enquanto se estima que as exportações líquidas registem um contributo

menos negativo (-0,1 p.p.), face aos contributos apresentados anteriormente (-0,6 p.p. no

PE/2016-2020 e -0,4 p.p. no OE/2016).

Para 2017, prevê-se um aumento do PIB real (1,5%) inferior ao estimado no PE/2016-2020

(-0,3 p.p.). Esta revisão em baixa volta a dever-se ao menor contributo do investimento (FBCF), do

consumo privado e das exportações, com crescimentos inferiores em 1,7 p.p., 0,3 p.p. e 0,7 p.p.

face ao anteriormente previsto, e também ao contributo negativo do consumo público cuja

variação é revista em baixa em 0,5 p.p. face à projeção do PE/2016-2020. Estes contributos

negativos são parcialmente compensados pela revisão em baixa da variação das importações

(-1,3 p.p.). O presente cenário antecipa um contributo positivo da procura interna para a variação

do PIB menos significativo que o previsto no PE/2016-2020 (1,3 p.p. face a 1,9 p.p.), estimando-se

que as exportações líquidas registem um contributo positivo (0,2 p.p.), comparando com o

contributo negativo apresentado no exercício anterior (-0,1 p.p.).

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