O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 14 264______________________________________________________________________________________________________________

Caixa 1 – Previsões oficiais para a economia portuguesa

A estimativa do MF para o crescimento real do PIB em 2016 encontra-se em linha com a média das previsões das instituições

oficiais consideradas (1,2%).2 Deve mencionar-se, no entanto, que a estimativa do MF é inferior apenas à de 1,5% da CE,

publicada em maio, e igual à da OCDE, de junho. As restantes projeções que incorporam mais informação relativamente ao

ano em curso, por serem mais recentes, mais precisamente de setembro e outubro, apontam para um crescimento do PIB

entre 1,0% e 1,1% (Quadro 2). O cenário do MF difere da média dos previsores oficiais na medida em que apresenta uma

estimativa ligeiramente superior para o aumento do consumo público, e ligeiramente inferior para a variação da FBCF.3 Ainda

assim, juntamente com uma projeção idêntica para a evolução do consumo privado, o MF prevê um maior contributo da

procura interna para o crescimento do PIB (1,3 p.p. face à média de 1,1 p.p. projetado pelas instituições oficiais). Na procura

externa, a variação das exportações e das importações é, em ambos os casos, 0,2 p.p. inferior à média das restantes instituições,

esperando o MF um contributo das exportações líquidas de -0,1 p.p., face a 0,1 p.p. em média. No caso dos preços, as

estimativas do MF para o crescimento do IHPC (0,8%) e deflator do PIB (2,0%) estão acima da média das restantes previsões

(0,6% e 1,4%, respetivamente). No mercado de trabalho, o MF antecipa uma taxa de desemprego inferior em 0,3 p.p. à média

das restantes instituições oficiais, e um crescimento do emprego ligeiramente superior (0,8%, face à média de 0,7%), enquanto

o aumento das remunerações médias por trabalhador fica abaixo da média. A capacidade líquida de financiamento estimada

pelo MF é superior à média dos restantes previsores, devido a uma evolução mais favorável da balança corrente.

Para 2017 o MF espera um crescimento do PIB superior em 0,1 p.p. à média das restantes instituições (1,4%), diferindo

significativamente na evolução prevista para o consumo público e para a dinâmica das exportações líquidas. Para o primeiro,

o MF projeta um crescimento negativo (-1,2%), face a um aumento de 0,3% previsto, em média, pelas instituições. O MF

antecipa ainda que as exportações cresçam 4,2% (3,9% esperado em média pelos previsores), e prevê que as importações

aumentem 3,6% (4,1%, em média, nos restantes cenários oficiais), resultando num contributo positivo das exportações líquidas

para o crescimento do PIB (0,2 p.p.), que compara com a um contributo negativo de -0,1 p.p., em média, esperado pelos

restantes previsores.

O diferencial relativo à inflação entre a previsão do MF e a média das restantes instituições consideradas acentua-se em 2017

(situando-se em 0,5 p.p., face a 0,2 p.p. no ano anterior), enquanto as estimativas para o deflator do PIB se aproximam

(reduzindo-se o diferencial de 0,6 p.p. para 0,2 p.p.) mas ainda assim ligeiramente mais otimistas. No mercado de trabalho, à

semelhança de 2016, o MF apresenta uma taxa de desemprego inferior e um crescimento do emprego superior à média das

instituições oficiais. O aumento das remunerações médias por trabalhador encontra-se ligeiramente acima da média. O

diferencial da capacidade líquida de financiamento da economia estimada pelo MF relativamente à média dos restantes

previsores aumenta em 2017 (0,7 p.p., face a 0,4 p.p. em 2016), devido ao maior crescimento da balança de bens e serviços

antecipado pelo MF.

Note-se que o cenário do MF já incorpora os dados definitivos das Contas Nacionais Anuais para 2014 e os novos dados

preliminares das Contas Nacionais Trimestrais para 2015 e considera medidas de política para 2017 que os exercícios das

restantes instituições não incorporam, sendo alguns destes elaborados sob hipótese de políticas invariantes.

2 Na análise efetuada na Caixa 1 é usada a média aritmética simples das variáveis publicadas pelas diversas instituições

para os anos 2016 e 2017, excluindo o cenário do MF (Quadro 2). 3 De destacar a amplitude do intervalo das previsões para a taxa de crescimento da FBCF em 2016, com um mínimo

de -1,8% (BdP) e máximo de 1,6% (CE), situando-se a estimativa do MF 0,2 p.p. abaixo da média.

6