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II SÉRIE-A — NÚMERO 14 266______________________________________________________________________________________________________________

3 ANÁLISE DAS PREVISÕES O cenário macroeconómico subjacente à POE/2017 apresenta importantes alterações da

trajetória esperada para a economia portuguesa relativamente à que era apresentada quer

no OE/2016 quer no PE/2016-2020. Por um lado é reconhecido o arrefecimento da economia

que se verifica desde o segundo semestre de 2015. Por outro lado, é de assinalar a substituição do

papel do consumo privado enquanto motor do crescimento económico pelas exportações e pelo

investimento. No seu Parecer ao cenário macroeconómico subjacente ao PE/2016-2020 o CFP tinha

assinalado que “A composição do crescimento da procura agregada a partir de 2017, assente no

dinamismo do investimento e das exportações, a concretizar-se, afigura-se a mais adequada para a

economia portuguesa”. Cabe, contudo, reconhecer que este caminho é mais exigente em termos

de coerência (interna e intertemporal) das políticas económicas a adotar.

As previsões incluídas na POE/2017 estão sujeitas a riscos de natureza exógena, inerentes à

dinâmica da procura externa, que podem colocar em causa o crescimento estimado do PIB

em 2017. As exportações são a componente que apresenta o maior contributo para o crescimento

do PIB em volume em 2017, baseando-se numa forte recuperação da procura externa (em 1,8 p.p.,

passando de 2,4% para 4,2%) que tem subjacente um elevado grau de incerteza. As revisões em

baixa ou a estabilização do crescimento previsto para as importações dos principais parceiros

económicos para 2016 e 2017 suportam a anotação do risco descendente associado aos

pressupostos adotados para a evolução da procura externa.

Gráfico 2 – Crescimento das importações totais em volume nos principais destinos de exportação (%)

Fontes: BdP (exportações de bens e serviços a preços correntes) e FMI – World Economic Outlook, abril e outubro 2016.

No Gráfico 2 são apresentadas as projeções do crescimento das importações em volume dos dez

principais destinos das exportações portuguesas. Contribuem para a revisão em alta da procura

externa em 2017 economias como Angola, Brasil, Estados Unidos e Bélgica. Note-se contudo que

nos dois primeiros casos, em que se verificam revisões em alta mais significativas, a volatilidade

das previsões é elevada, traduzindo-se num risco para o indicador e por sua vez para a projeção

das exportações portuguesas.

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