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14 DE OUTUBRO DE 2016 33______________________________________________________________________________________________________________

Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2017 23

Quadro I.3.2. Previsões macroeconómicas e orçamentais MF CE OCDE FMI

2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017

PIB e Componentes da Despesa(em termos reais) PIB 1,2 1,5 1,5 1,7 1,2 1,3 1,0 1,1

Consumo Privado 2,0 1,5 1,8 1,7 2,2 1,5 : : Consumo Público 0,6 -1,2 0,6 0,4 0,1 0,3 : : Investimento (FBCF) -0,7 3,1 1,6 4,9 -1,5 1,2 : : Exportações de Bens e Serviços 3,1 4,2 4,1 5,1 2,8 3,8 2,9 2,8 Importações de Bens e Serviços 3,2 3,6 4,3 5,6 2,8 3,6 3,0 3,3

Evolução dos Preços Deflator do PIB 2,0 1,5 1,4 1,5 1,2 1,0 1,8 1,4

IPC* 0,8 1,5 0,7 1,2 0,3 0,8 0,7 1,1

Evolução do Mercado de Trabalho Emprego 0,8 1,0 0,9 0,7 -0,3 0,7 0,9 0,5

Taxa de Desemprego (%) 11,2 10,3 11,6 10,7 12,1 11,5 11,2 10,7Produtividade aparente do trabalho 0,4 0,5 0,6 1,0 1,5 0,6 0,1 0,6

Saldos das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB) - Capacidades líquidas de f inanciamento face ao exterior 1,7 2,2 1,5 1,7 : : : : - Saldo da Balança Corrente 0,5 1,0 0,3 0,5 0,2 0,3 0,0 -0,7Cap./Nec. de financ. das Admin. Públicas (% do PIB) -2,4 -1,6 -2,7 -2,3 -2,9 -2,6 -3,0 -3,0 Saldo primário 1,9 2,8 1,8 2,0 1,3 1,6 1,3 1,2 Saldo estrutural1 -1,7 -1,1 -2,2 -2,5 -0,4 -0,8 -1,6 -2,0Dívida das Administrações Públicas (% do PIB) 129,7 128,3 126,0 124,5 128,3 128,3 128,4 128,2

Legenda: (p) previsão. (1) no caso do FMI, o saldo estrutural corresponde ao saldo estrutural primário. Fontes: FMI - World Economic Outlook,outubro 2016; Comissão Europeia, Economic Forecast, maio 2016; OCDE - Economic Outlook, junho 2016; Ministério das Finanças.

A estimativa do MF aponta para uma necessidade de financiamento de 1,6% do PIB, um ajustamento nominal de 0,8 p.p. que compara com o ajustamento previsto de 0,4 p.p., 0,3 p.p. e 0 p.p. da Comissão Europeia, OCDE e FMI. Note-se ainda que apenas o FMI insiste num défice em torno dos 3%.

I.3.1. Hipóteses Externas

A procura externa relevante para Portugal desacelerou em 2016, em consequência do abrandamento da atividade económica de alguns parceiros comerciais relevantes com destaque para Angola e Brasil3. O Quadro I.3.2. apresenta a evolução mais recente do PIB e das importações para os EUA, área do euro, Reino Unido e China, cujo contexto macroeconómico teve influência na procura externa dirigida à economia portuguesa.

Para 2017, é esperada a manutenção de uma aceleração da procura externa relevante para uma taxa de crescimento em torno de 4,2%. Com efeito, de acordo com o FMI, prevê-se para 2017, uma melhoria da atividade económica mundial, especialmente dos países emergentes e em desenvolvimento, com destaque para Angola, Brasil e Rússia. De entre as economias avançadas, onde se encontram os principais parceiros comerciais de Portugal, é esperada uma retoma dos EUA e uma melhoria da economia de Itália. No entanto, o abrandamento económico previsto para o conjunto da área do euro, cujo PIB deve apresentar um crescimento de 1,5% em 2017 (1,7% em 2016), em particular da Espanha e Alemanha, constituem fatores que podem condicionar o desempenho relativamente favorável da procura

3 Procura externa relevante: cálculo do Ministério das Finanças com base nas previsões do crescimento real das importações de bens dos principais parceiros comerciais de Portugal, publicadas no World Economic Outlook do FMI (outubro.2016).