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14 DE OUTUBRO DE 2016 35______________________________________________________________________________________________________________

Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2017 25

Quadro I.3.5. Decomposição da procura externa relevante (taxa de variação, %)

PE 2016-2020 OE 2017 Diferença

2015 2016 2017 2015 2016 2017 2015 2016 2017

Mundo 3,9 4,3 4,9 3,6 2,4 4,2 -0,3 -1,9 -0,7

Área do Euro 3,9 2,8 2,9 3,9 2,6 2,5 0,0 -0,2 -0,4

Resto da Europa 0,6 0,6 0,6 0,8 0,6 0,2 0,2 0,0 -0,4

América 0,3 0,4 0,4 0,0 -0,1 0,5 -0,3 -0,5 0,1

África -0,9 0,4 0,7 -1,1 -0,8 0,8 -0,2 -1,2 0,1

Ásia e Oceânia 0,0 0,1 0,2 -0,1 0,1 0,2 -0,1 0,0 0,0 Fonte: Ministério das Finanças.

I.3.2. Análise de Riscos

As perspetivas de crescimento económico apresentadas na secção anterior estão sujeitas a um conjunto de desafios e riscos externos e internos e que pesam no sentido descendente.

No contexto externo, a incerteza política apresenta-se elevada, desconhecendo-se muitos dos respetivos possíveis efeitos económicos…

Na União Europeia, a incerteza intrínseca ao Brexit, cujos contornos, intensidade e temporalidade permanecem incógnitos, tem pendente um risco de aumento de políticas económicas que reduzam os fluxos comerciais e a própria circulação de pessoas, com óbvias consequências nefastas para o comércio global, para a eficiente alocação de recursos e, consequentemente para o crescimento económico global.

A instabilidade política associada ao processo eleitoral em curso nos Estados Unidos da América, os conflitos no Médio Oriente e em África (com os consequentes impactos nos preços das commodities e nos fluxos de migrantes, entre outros), bem como a incerteza quanto à evolução de mercados como o chinês e o angolano, constituem igualmente fatores de risco a considerar e que poderão ter consequências negativas para as decisões de investimento dos diferentes agentes económicos, comprometendo ainda mais as perspetivas de crescimento globais.

…e de alterações súbitas do sentimento de mercado e da confiança.

As economias emergentes, apesar de apresentarem menores riscos do que os verificados há alguns meses (num contexto de alguma recuperação dos preços das commodities), continuam bastante vulneráveis a crises de confiança que podem levar a alterações súbitas nos fluxos de capitais e comprometer assim a estabilidade financeira da região e as suas perspetivas de crescimento.

O contexto de taxas de juro anormalmente baixas concorre para o acentuar destes riscos, uma vez que pode levar a correções abruptas nos preços dos ativos e ao aumento da instabilidade financeira.

No quadro da União Europeia, num contexto de elevada interligação entre os diferentes estados membros, é necessário ter em conta que desenvolvimentos que possam colocar obstáculos ao processo de implementação da União Bancária nas suas três vertentes (Mecanismo Único de Supervisão; Mecanismo Único de Resolução; e Sistema Europeu de Garantia de Depósitos) poderão alterar o sentimento do mercado.

O legado da crise pode também trazer riscos acrescidos ao crescimento económico das economias avançadas…