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SUMÁRIO EXECUTIVO

Contexto Económico Mundial e em Portugal

A Economia Mundial assistiu, em 2017, a um reforço do seu crescimento para 3,8% (3,2% em 2016),

aproximando-se do ritmo observado antes da crise financeira de 2008 (média de 4,2% entre 1997 e

2007). Para esta evolução contribuiu sobretudo a aceleração das economias avançadas,

nomeadamente dos EUA e do Japão e em menor grau da União Europeia e do conjunto da área do

euro.

A evolução da Economia Mundial caracterizou-se ainda por uma aceleração do comércio mundial

de bens e serviços, para 4,9% em volume em 2017 (o valor mais elevado desde 2012), embora ainda

abaixo do crescimento registado na década que antecedeu a última crise financeira internacional

(média de 7,1% entre 1997 e 2007). A melhoria do comércio mundial deveu-se sobretudo ao maior

dinamismo das trocas comerciais dos países emergentes e em desenvolvimento, especialmente

asiáticos, tendo sido mais pronunciado em termos de importações. (Ver “Quadro 1 – Principais indicadores da economia internacional”)

A Economia da área do euro também melhorou, tendo o produto interno bruto (PIB) registado um

crescimento de 2,4% em 2017, o mais elevado desta década (1,8% em 2016) associado a uma

aceleração das exportações (de 3,4% em 2016, para 5,1% em 2017) refletindo uma procura externa

sólida proveniente da retoma da economia mundial. Já relativamente ao investimento, este

permaneceu mais moderado, apesar das condições de financiamento se terem mantido favoráveis e

da continuação da orientação muito acomodatícia da política monetária do BCE. Por sua vez, o

consumo privado manteve um crescimento moderado, beneficiando da melhoria das condições no

mercado de trabalho e dos progressos alcançados em termos de redução do endividamento das

famílias. De facto, o emprego reforçou o seu crescimento, tendo registado um aumento de 1,6%, em

média, em 2017 (1,3% em 2016) e a taxa de desemprego desceu para se situar em 8,6% em dezembro

de 2017 (9,6% em dezembro de 2016). As taxas de juro de curto prazo na área do euro desceram ao

longo de 2017, renovando níveis historicamente baixos, com a Euribor a 3 meses a situar-se, em média,

em -0,33% (-0,26% em 2016); enquanto nos EUA, as taxas de juro de curto prazo prosseguiram o

movimento ascendente, tendo a Libor subido para 1,26% (0,74%, em média, em 2016) refletindo o

prosseguimento da normalização da política monetária em linha com a expansão económica e a subida

da inflação. (Ver “Gráfico 3 – Taxa de juro a três meses do mercado monetário”)

Neste enquadramento, a atividade económica da Economia Portuguesa, medida pelo produto

interno bruto (PIB), cresceu 2,7% em 2017, acelerando face aos 1,6% de 2016. O crescimento da

atividade económica foi mais intenso na primeira metade do ano, com um crescimento médio de 3%,

tendo desacelerado na segunda metade para 2,4%. A forte aceleração face a 2016 deveu-se,

sobretudo, à dinâmica do investimento e, por outro lado, a uma ligeira aceleração do consumo

II SÉRIE-A — NÚMERO 135

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