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12 DE JUNHO DE 2019

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A exploração das Mudanças Críticas a longo prazo (2050) tem por objetivo problematizar as tendências

emergentes mais relevantes e previsíveis, e salientar os seus potenciais impactos ambientais, sociais,

económicos, tecnológicos e políticos. A finalidade é identificar as principais tendências territoriais num cenário

de inação da ação pública.

A definição dos Princípios e os Desafios Territoriais resulta quer dos problemas e dos recursos estratégicos

territoriais identificados no Diagnóstico quer das Mudanças Críticas e Tendências Territoriais apresentadas no

primeiro capítulo deste relatório.

No final, o Modelo Territorial estabelece o modelo de organização espacial ambicionado, tendo por base

sistemas territoriais, designadamente o Sistema Natural, o Sistema Urbano, o Sistema Social, o Sistema

Económico e o Sistema de Conetividade. São ainda consideradas as Vulnerabilidades Críticas, que decorrem

de fragilidades territoriais atuais, com potencial de agravamento pelas Mudanças Críticas, e como tal, exigem

um esforço de adaptação induzido pelas políticas públicas.

Concluindo, a Estratégia de Ordenamento do Território aqui apresentada é concebida para 2030, tendo como

cenário as visões prospetivas para 2050.

1. Mudanças críticas e tendências territoriais

A identificação e a exploração das mudanças críticas têm por objetivo perspetivar as tendências emergentes

mais relevantes e previsíveis, em quatro grandes domínios: ambiental e climático; sociodemográfico; tecnológico

e económico e social. Este exercício estratégico pretende antecipar algumas das questões territoriais que se

poderão colocar no futuro e que, por isso, terão de ser consideradas na conceção dos Desafios Territoriais e do

Modelo Territorial. Nesta reflexão não foram problematizados os fatores críticos geopolíticos e de evolução dos

mercados globais, não obstante o impacto que poderão vir a ter no país, dado o elevado nível de

imprevisibilidade da sua evolução.

Em cada Mudança Crítica são perspetivados três fatores críticos emergentes, identificados os impactos

institucionais, sociais e económicos mais significativos e sistematizadas as tendências territoriais que poderão

ocorrer num cenário de inação da ação pública. Apesar da compartimentação, que a seguir se apresenta,

verifica-se que, frequentemente, os vários fatores críticos interagem entre si, o que poderá reforçar algumas

tendências.