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II SÉRIE-A — NÚMERO 110

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Importa, assim, adotar uma perspetiva circular e integrada para equacionar o desafio de gerir os

recursos naturais de forma sustentável, tendo em consideração os territórios onde os recursos são

produzidos, transformados e consumidos, e os fluxos de materiais, energia, pessoas e riqueza estabelecidos

entre os territórios de origem do fornecimento destes recursos e os territórios de processamento e consumo dos

mesmos.

Conhecer os fluxos, a recirculação dos recursos e serviços e as matrizes energéticas dentro e entre regiões

ou áreas urbanas permitirá criar novas dinâmicas e oportunidades económicas e sociais. Promover a utilização

sustentável do solo, nas suas diversas formas, de uso e ocupação e a transição energética para a

descarbonização, bem como reduzir os riscos relacionados com a rutura do fornecimento de matérias e serviços

e o desperdício de recursos implicam considerar o metabolismo urbano e regional, como forma de assegurar

uma maior aderência da organização territorial e do uso e ocupação do solo às necessidades de

promoção da equidade e da eficiência da utilização dos recursos e descarbonização e desmaterialização

da economia.

Tendo presente a situação de partida em matéria de perigos, vulnerabilidades e riscos, e considerando o

atual quadro de incerteza e de mudanças climáticas, é premente antecipar que alguns territórios, pela sua

natureza, estão sujeitos a maiores pressões e impactos, ou seja, que são mais vulneráveis e que experimentarão

mudanças mais ou menos pronunciadas. É fundamental conhecer e prever para poder atuar com

antecedência, desenvolvendo um ordenamento do território capaz de responder às novas realidades.

Aumentar a resiliência socioecológica dos territórios e a sua capacidade de resposta em situações adversas

constitui a forma mais adequada de enfrentar a mudança.

Assim, assume-se que valorizar o capital natural, melhorar a eficiência do metabolismo urbano e

regional e aumentar a resiliência socioecológica dos territórios são os três grandes desafios no quadro

da gestão sustentável dos recursos naturais.

1.1. Valorizar o capital natural

Capital natural – Biodiversidade Capital natural – Água

Fonte: ICNF; COS/DGT; EPIC/ISA; DGT (2018 Fonte: SNIAMB/APA (2017)