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17 DE JULHO DE 2019

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seu capital ambiental nos contextos dos paradigmas das economias verdes e circulares. Enquadram-se ainda

nestes territórios a capitalização dos recursos minerais, a exploração de recursos energéticos e a redução do

impacto ambiental resultante da atividade agrícola. Os espaços rurais deverão gerir os ativos físicos,

combinando o capital natural, a paisagem, a oferta de serviços e o capital simbólico de modo a produzirem

bens, serviços e conteúdos transacionáveis e atraírem populações externas (turistas e novos residentes).

Neste âmbito, potenciam-se as complementaridades rurais-urbanas à escala local, regional e global. A 4.ª

Revolução Industrial ao reduzir as externalidades positivas do efeito de escala (vantagens que se verificam

nas grandes cidades) pode favorecer estes territórios, sendo importante promover a inteligência destes

territórios.

Em matéria de infraestruturas, colocam-se dois tipos de desafios territoriais: é fundamental reforçar a

importância das infraestruturas das comunicações e do conhecimento, do apoio à aprendizagem ao

empreendedorismo e à inovação (ensino superior, laboratórios e unidades de investigação, incubadoras e

centros tecnológicos), pois terão um papel fundamental na potenciação dos recursos locais e regionais e na

inserção deste mosaico de atividades económicas nos desafios da 4.ª revolução industrial. O crescente papel

do ciberespaço como espaço de informação, colaboração interinstitucional, de transações e de entretenimento

torna crucial a disponibilização de acesso às comunicações e à Internet como fator de desenvolvimento e

competitividade dos territórios. A crescente intensidade de conhecimento subjacente aos processos de

produção emergentes, reforçam a importância das organizações de ensino e a necessidade de acautelar os

riscos que representam as assimetrias territoriais relativas aos níveis de qualificação do capital humano. Deste

modo, é importante antecipar as necessidades de qualificações/competências, envolvendo as empresas e

privilegiando uma eficiente articulação entre as entidades intervenientes nestas matérias. Assim, dever-se-á

apostar na formação dos ativos, na reconversão profissional e na inclusão na economia digital, o que se irá

traduzir em mais emprego qualificado e numa maior inclusão social. O papel das infraestruturas de transportes

e logística permanecerá fundamental. Para além das ligações internas de conetividade, é indiscutível o lugar

estratégico que ocupam, possibilitando as exportações para um mercado cada vez mais globalmente

integrado. No entanto, no futuro aumentará a importância das infraestruturas de comunicação de última

geração para a inserção nas redes globais de conhecimento, inovação, comércio e serviços digitais.

Sistema Económico do Modelo Territorial