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3. Economia

Caracterização da Situação Económica

O anterior relatório relativo à aplicação do Estado de Emergência referia-se

especificamente ao período compreendido entre os dias 2 e 14 de março de 2021.

Quanto a esse período, constatou-se uma ligeira aceleração na atividade económica,

após ter sido atingido o ponto de inflexão durante o período anterior.

Em relação ao presente relatório, cujo objeto de análise é o período compreendido entre

os dias 15 e 31 de março, constata-se uma nova aceleração relativamente ao período

anterior do ponto de vista da procura agregada. Esta aceleração reflete-se numa análise

dos dados publicados diariamente, que demonstram que este indicador foi superior,

quer aos primeiros 14 dias de março, quer ao conjunto do mês de fevereiro. Este dado

tem particular significado uma vez que o período em causa abrange apenas a primeira

fase de alívio das medidas de confinamento até então impostas, denotando um

dinamismo económico subjacente.

Por sua vez, os dados de mobilidade fornecidos pela Google demonstram uma quebra

de 68% na afluência aos espaços de retalho e lazer e de 49% no caso das mercearias e

farmácias. Esta quebra parece dever-se principalmente às medidas de confinamento

vigentes, uma vez que o mesmo relatório indica uma subida em 12% do tempo passado

pelos portugueses nas suas residências e uma descida de 18% do tempo passado no

local de trabalho. Estes valores são estimados tendo por base um período de referência

pré-pandémico e parecem ser coerentes com os dados de procura agregada.

No período em análise, manteve-se a distribuição de atividade económica pelos dias da

semana, correspondendo as sextas-feiras (19 e 26 de março) aos valores mais altos da

série em questão e os domingos (21 e 28 de março) aos valores mais baixos. Esta

distribuição corresponde ao esperado e enquadra-se nos padrões de consumo

observados também ao longo do ano de 2020.

Durante o período que agora se analisa foram também publicados alguns indicadores

económicos de relevo que cumpre destacar. Em primeiro lugar, foi divulgada a

estimativa de crescimento económico pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que

estima que a economia portuguesa cresça 3,9% em 2021 e 4,8% em 2022. O FMI prevê

ainda um crescimento real do PIB mundial de 6,0% em 2021.

No que diz respeito ao comércio automóvel, o mês de março de 2021 apresentou um

aumento de 29,8% no número de veículos matriculados. Este valor é particularmente

significativo, uma vez que março de 2020 foi o mês em que a generalidade dos países

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