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Uma economia aberta e atrativa constitui um elemento estratégico de resiliência na atual conjuntura. De acordo com o Banco de Portugal, na década terminada em 2025, a economia nacional deverá crescer oito pontos percentuais acima da área do euro. Contrasta visivelmente com o período desde a entrada de Portugal para a União Europeia e a crise financeira de 2008, em que a convergência foi de apenas um ponto percentual do PIB real.

Gráfico 2.2. Exportações de bens e serviços (percentagem do PIB)

Gráfico 2.3. Crescimento médio anual das exportações de serviços: janeiro-julho

FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA Nota: TIC corresponde à soma de serviços de investigação e

desenvolvimento, telecomunicações, informática e informação e consultoria em gestão e outras áreas. FONTE: BANCO DE PORTUGAL (CÁLCULOS DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS).

MERCADO DE TRABALHO ROBUSTO E VALORIZAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES

Ao longo de 2023, o mercado de trabalho continuou a demonstrar elevada resiliência, reflexo de um aumento significativo da população ativa, de uma acelerada criação líquida de emprego, a par do reforço da valorização dos salários.

A taxa de desemprego manteve-se em torno dos 6%, um nível consistente com as estimativas atuais para uma situação próxima do pleno emprego. A evolução da taxa de desemprego ocorreu em paralelo com um aumento assinalável da taxa de atividade, que superou os 68%, o valor mais elevado desde o início da série em 1998. A população ativa aumentou 2% face a igual período de 2022. O número de trabalhadores com remuneração, de acordo com a Segurança Social, superou os 4 milhões este ano, um aumento de aproximadamente 200 mil (ou 5%) face à primeira metade de 2022, ou de 1 milhão desde 2015. Ao mesmo tempo, as remunerações base cresceram 8,4% até junho, face ao ano anterior. Tal permitiu um realinhamento do rácio das remunerações e do PIB, o qual se encontra agora em linha com a média europeia.

A opção pela proteção do emprego durante o período pandémico, destacando-se o layoff simplificado entre as medidas adotadas, demonstrou ser uma decisão acertada na preservação do capital humano e no alavancar da recuperação económica registada nos últimos dois anos.

A resiliência não é independente da aposta estratégica num tecido laboral qualificado. O mercado de trabalho português tem-se diferenciado na última década pela promoção das qualificações e uma alteração significativa dos setores criadores de emprego. O tecido empresarial tem-se moldado às mudanças estruturais, sendo hoje orientado para áreas mais produtivas, com profissões mais especializadas, tecnicamente mais complexas e perspetivas salariais mais competitivas. Desde 2015, um em cada cinco empregos criados no setor privado ocorreram nos setores de tecnologias de informação, comunicação, consultoria, ciência e imobiliário. Esta alteração estrutural tem vindo a acelerar nos últimos anos: um em cada três dos empregos criados desde 2019 ocorreu nestes setores, com um salário médio superior ao do conjunto da economia.

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Outros serviços Turismo incl. serviçostransporte

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17 DE OUTUBRO DE 2023 ______________________________________________________________________________________________________________

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