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Gráfico 2.8. Spreads face à Alemanha Gráfico 2.9. Rácio de dívida pública na área do euro

FONTE: BLOOMBERG.

FONTE: PREVISÕES DE PRIMAVERA DA COMISSÃO EUROPEIA, MINISTÉRIO DAS FINANÇAS.

FATORES DE PRESSÃO

A orientação da política orçamental e a escolha das medidas de política para 2024 procuram dar resposta, de forma integrada e articulada, ao conjunto de fatores de pressão que condicionarão a economia portuguesa ao longo do próximo ano. Estes devem ser avaliados de forma conjunta com os fatores de resiliência, que deverão permitir que Portugal continue a trilhar uma trajetória de convergência com os pares europeus.

INFLAÇÃO ELEVADA

A economia portuguesa esteve exposta, nos últimos anos, a um conjunto de choques do lado da oferta, de origem externa, que se refletiram num fenómeno inflacionista cuja magnitude e persistência não encontra paralelo nas últimas décadas.

As disrupções no funcionamento das cadeias de produção e distribuição no contexto da pandemia de COVID-19 e o aumento do preço dos bens energéticos, exacerbados pela invasão da Ucrânia pela Federação Russa, ocorreram igualmente num período marcado por uma política monetária acomodatícia, com taxas de juro próximas de zero ou negativas durante quase uma década.

Apesar da incerteza que continua a marcar a conjuntura atual, incluindo a evolução da inflação, a maioria dos indicadores disponíveis aponta para uma moderação do aumento dos preços na segunda metade de 2023, prolongando-se ao longo de 2024. Os choques identificados anteriormente encontram-se em processo de normalização ou mesmo reversão, tanto do lado da oferta quanto da procura: as expetativas dos agentes económicos permanecem ancoradas em torno do objetivo do Banco Central; e os efeitos da política monetária, atualmente restritiva, continuarão a reverberar pela economia, pesando sobre as despesas de consumo e investimento.

Não obstante a correção do preço das matérias-primas, estas continuam muito mais elevadas do que em 2019. Nos mercados internacionais, o preço do barril do petróleo (brent), atingiu um máximo de aproximadamente 120 dólares/barril em junho de 2022, tendo desde então diminuído aproximadamente 33% para 80 dólares/barril, (ainda assim superior aos 63,3 dólares registados em julho de 2019). O preço do gás natural, que atingiu o seu máximo em agosto de 2022 — quase 20 vezes acima do preço de agosto de 2019 — diminuiu significativamente em 2023, mas permanece quase o dobro do registado no pré-pandemia.

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(201

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DE HR SK MT NL LV IE LT LU EE

área do euro

% PIB

17 DE OUTUBRO DE 2023 ______________________________________________________________________________________________________________

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