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2. Um País que valoriza o trabalho e protege os idosos e os mais vulneráveis

2.1. Emprego e Trabalho Dignos, Dinâmicos e Competitivos

Na área do trabalho e emprego, Portugal é sistematicamente apontado como um país

onde se trabalha longas horas, sem grande produtividade, e por baixos salários, não

apenas pelo peso do salário mínimo mas porque o valor do salário médio não é muito

superior ao valor do salário mínimo. Assim, embora a taxa de desemprego seja baixa,

a qualidade do emprego não é boa, o que explica, aliás, o preocupante fenómeno de

fuga de talento jovem e qualificado para outros países, em busca de melhores

condições.

O sector empresarial, dominado por micro-empresas (que constituem mais de 90% do

tecido empresarial), está fortemente dependente das convenções coletivas de âmbito

profissional e de sector de atividade, que por vezes carecem de dinamismo. E também

por serem de reduzida dimensão, as empresas têm menos recursos para a inovação e a

formação profissional.

Além disso, a legislação laboral continua firmemente ancorada nos modelos

tradicionais de trabalho, tendo dificuldade em enfrentar os desafios do trabalho na era

digital. Na mesma linha, a formação profissional carece de uma orientação estratégica

para ajudar as empresas a enfrentar os desafios da Economia 4.0.

Por fim, a Concertação Social, parceiro imprescindível de qualquer ação governativa

na área social e laboral, não tem sido adequadamente valorizada nos últimos anos.

Assim, nesta área, o Governo compromete-se a:

II SÉRIE-A — NÚMERO 8 ____________________________________________________________________________________________________________

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