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II SÉRIE-B — NÚMERO 34

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Linhas de acção estratégicas para 1999

O período de 1996-1999 assistiu à emergência de um conjunto de ideias, projectos e empresas que se encontram, hoje, em diferentes estados de maturação, mas que apontam para a consolidação de um novo conceito estratégico associado à missão tradicional do IPE de instrumento empresarial das políticas do Estado, vocacionado para as parcerias entre o sector público e o sector privado numa dinâmica de capital de desenvolvimento. As dificuldades, recentemente evidenciadas, de modelos alternativos de financiamento do investimento público, em consequência das limitações do défice do Orçamento do Estado, apenas vieram confirmar as potencialidades daquela postura empresarial.

Assim, a estratégia do IPE tem sido desenvolvida, com diferentes graus de intencionalidade, procurando ocupar áreas de negócio que, por razões diversas, não encontraram ainda uma resposta suficiente por parte da iniciativa privada, nomeadamente pela sua novidade ou pelo risco associado, e tem-se organizado em tomo de dois eixos de desenvolvimento fundamentais:

As novas áreas de negócios;

O reforço da estrutura empresarial portuguesa.

O essencial da carteira empresarial do IPE situa-se, já hoje, nas novas áreas de negócios, designadamente o ambiente, as telecomunicações e as energias renováveis, considerando-se que os negócios do século xxi deverão constituir o core business da sua actividade. Poderão ainda acrescer a estas outras áreas de negócios que apresentem potencial empresarial entre, as que, em consequência das pressões derivadas das limitações da gestão orçamental e do desenvolvimento do mercado, resultarão da autonomização de actividades tradicionalmente geridas pelo sector público e de acordo com os calendários, as oportunidades e as decisões do Estado. Nestes sectores, o IPE possui já ou tenderá a fixar, no futuro, um know-how relevante e a concretizar estratégias autónomas, algumas vezes como accionista maioritário (ainda que apenas temporariamente), utilizando diferentes instrumentos empresariais de actuação.

A actuação dirigida ao reforço da estrutura empresarial portuguesa caracterixa-se por tomadas de posição minoritárias em empresas relevantes nas redes de valor acres-Ctmido nacional ou em projectos importantes na área de internacionalização, actuando o DPE como parceiro minoritário, embora significativo, sendo o seu aport constituído principalmente por apoio financeiro, risk taking, capacidade rje relacionamento institucional e, sempre que necessário, apoio em gestão geral.

Para concretização desta actuação, o IPE desenvolveu, ainda que nem sempre com resultados imediatamente evidentes, um conjunto de instrumentos de actuação, a saber:

As sub-holdings sectoriais;

O capital de risco e os fundos de investimento;

A carteira directa de participações; e -

Os contratos de gestão.

Para consolidação deste modelo há que desencadear algumas acções visando a eliminação de riscos externos e a correcção de algumas fragilidades internas. De destacar, nomeadamente:

A nível externo:

Evitar a excessiva dispersão, concentrando os recursos quer humanos quer financeiros, num conjunto de sectores e áreas geográficas definidos em função da sua coerência com a estratégia global e do seu potencial de desenvolvimento;

Continuar a afirmar a autonomia de gestão tradicional do IPE (característica essencial do seu projecto empresarial);

Veicular junto dos grupos empresariais privados, dos opinion-makers e da opinião pública em geral, a imagem de interesse nacional do papel de parceiro empresarial que o IPE desempenha;

A nível interno — fazer reflectir, a nível estrutura), a estratégia global que se pretende seguir, de modo a articular correctamente as prioridades de actuação, subordinando as actuações puramente instrumentais às estratégias sectoriais definidas globalmente.

Assim, em 1999, deverão ser seguidas, em cada área de actividade, as seguintes linhas de actuação:

Água e saneamento — deverá ser dada prioridade à consolidação dos projectos empresariais em curso aliados à continuação da expansão, prudente, interna e externa e à procura de parcerias diversificadas. Acções a privilegiar:

Continuação dos investimentos em curso nos sistemas multimunicipais tendo em atenção os prazos de execução, a qualidade dos empreendimentos e os orçamentos;

Consolidação das situações de exploração nos sistemas que já se encontram em funcionamento;